“Monstro”, diz promotora sobre brasileiro que fugiu de prisão nos EUA
Histórico de agressões do brasileiro Danilo Cavalcante à ex-companheira, nos EUA, foi compartilhado por promotora do caso, Deb Ryan
atualizado
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O brasileiro Danilo Sousa Cavalcante, de 34 anos, fugiu da prisão nos Estados Unidos (EUA) após ser condenado pelo assassinato de sua ex-companheira. Desde então, seu desaparecimento tem causado tensão e pânico na comunidade norte-americana, e a promotora do caso, Deb Ryan, chegou a chamá-lo de “monstro”.
“Estamos lidando com um monstro”, afirmou a promotora Deb Ryan ao programa Fantástico.
Ryan compartilhou que, dadas as circunstâncias do crime e o histórico de agressor do brasileiro, acredita que Danilo tem “alguma coisa quebrada” dentro de si.
“Na frente dos dois filhos dela, em plena luz do dia. É preciso ter muita força para cometer esse assassinato. Ele tem muita raiva, alguma coisa está quebrada dentro desse homem. (…) Estamos lidando com um monstro”, afirmou a promotora Deb Ryan.
Ela também deu detalhes sobre como o ex-casal se conheceu, já que imigraram para os EUA em momentos diferentes da vida, e sobre as diversas agressões sofridas pela ex-companheira de Danilo.
“Eles vieram para os Estados Unidos em épocas diferentes, se conheceram aqui, em 2019, e começaram a namorar. Às vezes moravam juntos. Em junho de 2020, ele mordeu os lábios dela até o sangue jorrar. Em dezembro, no Natal, ele chutou o corpo dela no chão repetidamente, pegou uma faca e ameaçou matá-la”, apontou a promotora.
Os crimes que levaram o brasileiro à prisão
Danilo foi condenado por homicídio em primeiro grau, no dia 16 de agosto, por esfaquear até a morte a ex-namorada Débora Evangelista Brandão. O crime aconteceu na cidade de Phoenixville, em abril de 2021.
“Ele a esfaqueou fatalmente 38 vezes, em plena luz do dia, na frente de seus filhos de 4 e 7 anos. Depois, escapou e foi ajudado por familiares e amigos. A Polícia do Estado da Virgínia conseguiu prendê-lo mais tarde, no mesmo dia”, contou a promotora do condado em que ocorreu o crime, Deb Ryan.
Além da morte de Débora, Cavalcante é procurado pelo homicídio de Valter Júnior Moreira dos Reis, em 2017, morto a tiros em uma praça em Figueirópolis, em Tocantins.
As autoridades locais aumentaram o perímetro de busca pelo brasileiro. Além da polícia estadual da Pensilvânia, a Swat e o FBI estão atrás dele. O Ministério Público do Condado de Chester classificou o brasileiro como “extremamente perigoso”.
O criminoso foi sentenciado à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional. A própria mãe de Danilo chegou a produzir um áudio em que pede para que o fugitivo se entregue às autoridades norte-americanas.
No comunicado emitido pelo governo do Condado de Chester, onde foi cometido o crime, as autoridades ofereciam US$ 5 mil (quase R$ 25 mil) para quem informasse o paradeiro do brasileiro, o mesmo valor ofertado pelo Serviço de Delegados de Polícia dos Estados Unidos (da sigla original USMS). Juntos, os montantes somam o equivalente a R$ 49,5 mil.
Na última quarta-feira (6/9), a recompensa pelo brasileiro subiu ainda mais, para o valor total de US$ 20 mil, equivalente a R$ 100 mil.