Momo retorna: desafio violento é notado em hit infantil “Baby Shark”
A polícia espanhola afirma que grupos da internet têm feito uploads de versões falsas do hit nas quais o boneco pode ser visto
atualizado
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Fenômeno mundial, a música “Baby Shark” pode estar sendo usada para divulgação de Momo, jogo que começou no Facebook e desafia os usuários a entrar em contato com a entidade, mas tem preocupado por incitar violência e intimidar quem está do outro lado da tela.
A polícia espanhola afirma que grupos da internet têm feito uploads de versões falsas do hit nas quais o boneco — uma versão feminina distorcida, de olhos esbugalhados e lábios esticados — pode ser visto inflamando comportamentos de risco entre as crianças.
Além de “Baby Shark”, vídeos falsos de personagens como Peppa Pig também estariam sendo usados para espalhar os desafios. Segundo o Mirror, escolas estão pedindo aos pais que fiquem ainda mais alertas sobre o que seus filhos estão vendo na internet.
Instituições de caridade, como a Sociedade Nacional para a Prevenção da Crueldade contra Crianças do Reino Unido, também tem aproveitado para reforçar que Momo, como entidade, não existe: apenas sua imagem é usada por pessoas mal intencionadas para causar o que elas classificam como “pânico moral”.
Jogada no lixo
A imagem de Momo trata-se de uma escultura do artista japonês Keisuke Aiso, de 46 anos, e apareceu pela primeira vez para o público em 2016, quando foi exibida numa exposição no Vanilla Gallery, em Tóquio, capital do Japão. Mas agora a obra não existe mais. Momo foi jogada no lixo.
“Ela não existe mais, não foi feita para durar. Estava desgastada e joguei fora. As crianças podem ter certeza de que Momo está morta. Ela não existe e a maldição se foi”, disse o artista ao jornal britânico The Sun. “Eu tenho uma criança pequena, então entendo como os pais estão preocupados”, afirmou Aiso. A escultura fazia parte da série Aversão criada pelo artista.