Moldávia acusa Rússia de querer derrubar o governo do país
Segundo Maia Sandu, presidente da Moldávia, o plano incluiria agentes infiltrados da Rússia, Montenegro, Bielorrússia e Sérvia
atualizado
Compartilhar notícia
A presidente da Moldávia, Maia Sandu, acusou a Rússia de usar agentes infiltrados para derrubar o atual governo com o objetivo usar o país no conflito contra a Ucrânia.
“O plano tem ações com envolvimento de diversionistas com treinamento militar, à paisana, que realizarão ações violentas, atacarão alguns prédios estatais e até farão reféns”, disse a presidente da Moldávia em entrevista coletiva nesta segunda-feira (13/1).
De acordo com Maia Sandu, cidadãos da Rússia, Montenegro, Bielorrússia e Sérvia estariam envolvidos na conspiração com o objetivo de “mudar o governo legítimo para um governo ilegal controlado pela Federação Russa”, o que dificultaria o “processo de integração europeia”.
A acusação de que a Rússia estaria tentando interferir no governo local acontece após a aproximação da Moldávia, uma ex-república do período soviético, com a União Europeia depois do início da guerra na Ucrânia. Em junho de 2022, a Moldávia recebeu o status de candidato ao bloco europeu, e tem estreitado laços com os países membros.
Além da aproximação com a União Europeia, outro ponto de tensão entre Rússia e Moldávia diz respeito a região da Transnístria, onde cerca de 470 mil habitantes vivem sob o controle de separativas com apoio russo desde a guerra civil no país, em 1992.
No ano passado, o governo de Vladimir Putin negou a intervenção de interferir na Moldávia.