Míssil lançado pela Coreia do Norte cai a 170 km da costa do Japão
O míssil é considerado um dos maiores do mundo. Washington reagiu, pedindo que as forças norte-coreanas cessem os exercícios
atualizado
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A Coreia do Norte lançou, nesta quinta-feira (24/3), o míssil balístico intercontinental (ICBM) Hwasong-17. O artefato foi lançado sentido o mar, segundo informações de agências asiáticas.
O presidente do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul destacou que o lançamento foi detectado do aeródromo de Sunan, em Pyongyang, às 14h34 (horário coreano) e o míssil voou cerca de 1.080 quilômetros a uma altitude máxima de mais de 6.200 km.
“Para outros detalhes sobre o míssil, as autoridades de inteligência da Coreia do Sul e dos Estados Unidos estão realizando uma análise detalhada”, disseram os militares a jornalistas, segundo a agência sul-coreana Yonhap.
Segundo a guarda costeira do Japão, o projétil teria caído dentro da zona exclusiva japonesa, 170 km a oeste da província de Aomori. Fumio Kishida, primeiro-ministro do Japão, classificou o exercício como um “ato de violência inaceitável”.
Em resposta ao lançamento, a Coreia do Sul prontamente respondeu com o lançamento de um míssil terra-terra Hyunmoo-2, um míssil do Sistema de Mísseis Táticos do Exército (ATACMS), um míssil navio-terra Haesung-II e dois mísseis ar-terra. O comunicado foi feito pelo Estado-Maior Conjunto.
“Foi confirmado que, no caso do lançamento de mísseis da Coreia do Norte, (nós) temos a capacidade e a postura de atacar com precisão a origem do lançamento do míssil e as instalações de comando e apoio a qualquer momento”, afirmou o porta-voz do Estado-Maior sul-coreano.
Posição estadunidense
Os Estados Unidos, por sua vez, disse condenar o lançamento do míssil balístico intercontinental (ICBM) Hwasong-17. A nação ainda pediu que a Coreia do Norte “cesse imediatamente suas ações desestabilizadoras”.
“Este lançamento é uma violação descarada de várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU e aumenta desnecessariamente as tensões e corre o risco de desestabilizar a situação de segurança na região”, disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.
“A porta não se fechou para a diplomacia, mas Pyongyang deve cessar imediatamente suas ações desestabilizadoras”, acrescentou. O Comando Indo-Pacífico dos Estados Unidos reiterou o pedido.
“Os Estados Unidos continuam preparados para defender a pátria americana e nossos aliados. O compromisso dos EUA com a defesa da República da Coreia e do Japão permanece firme”, disse o comando estadunidense.