Ministro de Taiwan diz que a China se prepara para invadir a ilha
Joseph Wu afirmou que os exercícios militares chineses ao redor do país são, na verdade, a preparação para uma invasão
atualizado
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O ministro das Relações Exteriores de Taiwan, Joseph Wu, afirmou que a China está se preparando para invadir a ilha. Segundo ele, os alegados exercícios militares ao redor da ilha constituem, na verdade, uma preparação para a invasão.
“A China usou os exercícios em seu manual militar para se preparar para uma invasão de Taiwan”, disse Wu em entrevista coletiva, nesta terça-feira (9/8).
De acordo com o ministro, as autoridades chinesas utilizam “coerção econômica, ataques cibernéticos e lançamento de mísseis”, com o intuito de “enfraquecer Taiwan”.
“A China está claramente tentando dissuadir outros países de interferir em sua tentativa de invadir Taiwan. Em outras palavras, a real intenção por trás desses exercícios militares é alterar o status quo no Estreito de Taiwan”, disse Joseph Wu.
⚠️ Ministro das Relações Exteriores taiwanês diz que a China está se preparando para invadir Taiwan.
Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (9), Joseph Wu afirmou que os exercícios militares são, na verdade, a preparação para uma invasão. pic.twitter.com/zqKExAWtra
— Metrópoles (@Metropoles) August 9, 2022
Disparos de mísseis
As forças militares chinesas iniciaram exercícios militares com munição real aos arredores de Taiwan. O ataque à ilha vizinha foi motivado pela visita da deputada Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Estados Unidos.
Este é o maior ataque militar que acontece ao redor de Taiwan em décadas. Chineses filmaram o momento em que os mísseis são lançados.
Veja:
As imagens foram feitas em Pingtan, província de Fujian, que fica a cerca de 150 km da principal ilha de Taiwan. As manobras chinesas afetaram 900 voos e rotas de navios na região.
As atividades incluem disparos com munição real nas águas e no espaço aéreo. Entre os 11 mísseis lançados, cinco atingiram o mar no Japão, conforme divulgou a imprensa local.
Tensão
A viagem de Pelosi foi interpretada como uma provocação dos Estados Unidos à China, já que Pequim considera que a ilha faz parte de seu território. O caso provocou uma das maiores crises diplomáticas recentes.
No dia 2 de agosto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China declarou, em nota, que a visita da presidente da Câmara constitui “uma violação severa do princípio de Uma Só China e das estipulações dos três comunicados conjuntos China-EUA”. “Todos esses atos são muito perigosos. É como se brincassem com o fogo, e quem brinca com o fogo acaba se queimando”, alertou.