Ministra da Argentina ameaça retirar benefício social de manifestantes
Pela segunda vez, uma ministra do governo de Javier Milei, na Argentina, fala sobre restrições a manifestantes de rua
atualizado
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Pela segunda vez, um representante do governo de Javier Milei, presidente da Argentina, fala sobre restrições a pessoas que compareçam a protestos. Uma grande manifestação contra as políticas de reajuste fiscal será realizada nesta quarta-feira (20/12).
A ministra do Capital Humano, Sandra Pettovello, ameaçou cortar o benefício social de protestantes e criticou bloqueios de ruas.
“Protestar é um direito, [mas] também é um direito respeitar a livre circulação de indivíduos”, enfatizou Pettovello. “Quem promover, instigar, organizar ou participar de piquetes perderá todo tipo de diálogo com o Ministério do Capital Humano”, completou.
Veja:
Governo Milei ameaça cortar benefícios sociais de quem bloquear ruas durante protestos.
“Embora protestar seja um direito, também é um direito respeitar a livre circulação dos indivíduos”, afirmou Sandra Pettovello, ministra de Capital Humano.
(Tradução: @SamPancher) pic.twitter.com/oT8iWqoQ8r
— Metrópoles (@Metropoles) December 18, 2023
Logo no início do governo Milei, a ministra de Segurança Pública, Patricia Bullrich, anuncou uma série de medidas contra manifestações. Uma delas proíbe a presença de crianças nesses protestos
A “Bolsa Família” da Argentina
Desta vez, Pettovello também critica mães que comparecerem às manifestações junto aos filhos e, logo depois, desestimula a participação com base nisso. “É desnecessário expô-los ao calor e violência das manifestações”, afirma.
E completou: “Para ser clara, os únicos que não vão receber os benefícios [sociais] são aqueles que vão à marcha e bloqueiam a rua”, completa.
Ela termina o pronunciamento reafirmando que eles enfrentam a situação deixada pelo governo anterior, e uma expectativa de dobrar o abono infantil universal, além de aumentar o cartão alimentação em 50%.
As manifestações desta quarta são organizadas e convocados pelos movimentos Unidad Piquetera e Polo Obrero, em reação à política fiscal anunciada pelo ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo. Lá, manifestantes são apelidados de “piqueteros”.