Militares são mantidos reféns por apoiadores de Evo Morales na Bolívia
Caso aconteceu em um quartel militar localizado em Villa Tunari, na região de Cochabamba
atualizado
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A tensão política na Bolívia voltou a crescer nesta sexta-feira (1º/11), após apoiadores do ex-presidente Evo Morales invadirem um quartel militar e fazerem militares como reféns. A informação foi confirmada pelas Forças Armadas do país.
O caso aconteceu no quartel militar do Regimento Cacique Juan Maraza, localizado em Villa Tunari, na região de Cochabamba.
Segundo a mídia estatal da Bolívia, o posto militar foi invadido por centenas de apoiadores de Evo, armados com pedaços de madeira. Até o momento não está claro quantos militares foram mantidos reféns, nem quais as suas condições.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, é possível ver os militares do quartel cercados pelos seguidores do líder indígena. Nele, um homem fardado pede a autoridades o fim da repressão aos bloqueios em estradas do país, realizados por apoiadores de Evo contra o governo do atual presidente da Bolívia, Luis Arce.
A invasão ao quartel surge em meio a uma escalada de violência entre apoiadores de Evo e a administração Arce. Na última semana, o líder indígena disse ter sido alvo de uma tentativa de assassinato, e acusou militares e forças policiais de estarem por trás do ataque.
Morales e Arce já foram aliados, contudo, disputas internas no partido Movimento ao Socialismo (MAS) os afastaram, desencadeado uma onda de tensão entre os dois.