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Militares derrubam presidente e anunciam golpe em Níger

Golpe militar põe fim à primeira transição democrática no Níger desde a independência do país da França, em 1960

atualizado

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Reprodução/Office of Radio and Television of Niger
Imagem estática de militares do Níger anunciando um golpe de Estado na televisão - Metrópoles
1 de 1 Imagem estática de militares do Níger anunciando um golpe de Estado na televisão - Metrópoles - Foto: Reprodução/Office of Radio and Television of Niger

Após horas de apreensão, militares do Níger anunciaram um golpe de Estado no país localizado na África Ocidental. O comunicado foi divulgado em rede nacional de televisão, na noite de quarta-feira (26/7), depois de soldados da Guarda Presidencial terem feito o ex-presidente refém.

“Nós, as forças de defesa e segurança, reunidas no Conselho Nacional de Salvaguarda da Pátria, decidimos pôr fim ao regime que vocês conhecem”, disse o coronel Amadou Abdramane, cercado de outros nove militares.

O militar, que comanda a Força Aérea do país, justificou o golpe como o “resultado da degradação contínua da situação de segurança, da má governança econômica e social”.

Todas as fronteiras em Níger foram fechadas, e um toque de recolher foi imposto pelos militares. Além disso, a Constituição e as instituições foram suspensas. O comunicado ainda pediu que “agentes externos” não interfiram na atual situação política do país.

Depois de anunciado o golpe, o Exército de Níger divulgou um comunicado contradizendo uma declaração da Presidência do país, que afirmou na quarta-feira (26/7) que as tropas estariam prontas para agir contra os soldados golpistas.

“O comando militar das forças armadas do Níger decidiu assinar a declaração das forças de defesa e segurança”, disse o documento, divulgado no Twitter. Segundo o chefe do Estado-Maior, general Abdou Sidikou Issa, a decisão teve como objetivo “evitar um confronto mortal entre as diferentes forças”.

Sem fornecer muitos detalhes sobre a situação de Mohamed Bazoum, eleito em 2021 na primeira transição democrática pós-independência da França, os militares afirmaram que respeitariam a “integridade física e moral” das autoridades.

“Asseguramos à comunidade nacional e internacional que a integridade física e moral das autoridades será respeitada, de acordo com o princípio da integridade”, disse Amadou Abdramane.

Mesmo sumido, Mohamed Bazoum utilizou as redes sociais após o golpe para comentar o episódio.  “As conquistas arduamente conquistadas serão salvaguardadas. Todos os nigerense que amam a democracia e a liberdade cuidarão disso”, escreveu em uma publicação no Twitter.

O novo golpe militar é o quinto realizado no país, que desde 1960 enfrentou outras três derrubadas de governos pelos militares.

 

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