Milhares de iraquianos atacaram a Embaixada dos EUA em Bagdá
Manifestantes protestam contra o ataque norte-americano que causou a morte de combatentes pró-Irã no Iraque
atualizado
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A Embaixada dos Estados Unidos em Bagdá está ocupada por milhares de iraquianos. Os manifestantes forçaram a entrada na missão diplomática dos Estados Unidos dentro do complexo de alta segurança na capital do Iraque.
Os manifestantes, simpatizantes das Brigadas do Hezbollah, protestam contra o ataque norte-americano que causou a morte de combatentes pró-Irã no Iraque e gritam “morte à América”.
O primeiro-ministro iraquiano apelou para que os manifestantes abandonem a embaixada americana, mas sem sucesso até o momento. De acordo com autoridades locais, o embaixador americano Matthew Tueller e diplomatas deixaram o prédio em segurança.
No último domingo (29/12/2019), os americanos atacaram e mataram 25 combatentes pró-Irã nas fileiras do Exército do Iraque.
O presidente Donald Trump culpou o governo iraniano pela situação. “Iran matou um americano, feriu vários. Nós respondemos fortemente e sempre faremos. Agora, Iran está orquestrando um ataque à Embaixada dos Estados Unidos no Iraque. Eles serão responsabilizados”, comentou.
Iran killed an American contractor, wounding many. We strongly responded, and always will. Now Iran is orchestrating an attack on the U.S. Embassy in Iraq. They will be held fully responsible. In addition, we expect Iraq to use its forces to protect the Embassy, and so notified!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) December 31, 2019
O governo iraniano disse, no entanto, que o grupo não tem ligação direta com o Hezbollah e faz parte das Forças de Mobilização Popular, que combatem o Estado Islâmico.
Após o ataque, o Iraque afirmou que será forçado a rever as relações com os Estados Unidos. O governo ameaçou convocar o embaixador em Washington.