Microsoft identifica ciberataque contra Ucrânia horas antes da invasão
Empresa identificou ataques contra os setores financeiro, de agricultura, e de energia, além de a serviços de emergência e humanitários
atualizado
Compartilhar notícia
A Microsoft informou, nessa segunda-feira (28/2), que detectou uma onda de ciberataques contra o governo da Ucrânia horas antes da invasão russa do país.
“Nos últimos dias, fornecemos inteligência contra ameaças e sugestões de defesa para oficiais ucranianos em função de ataques a diversos alvos, incluindo instituições militares ucranianas, fábricas e diversas agências do governo ucraniano”, disse o vice-presidente do conselho e presidente da Microsof, Brad Smith.
A empresa informou que continua preocupada com ameaças cibernéticas no país, “especialmente” ataques contra alvos civis, como os setores financeiro, de agricultura, e de energia, além de a serviços de emergência e humanitários.
A Microsoft ressaltou que já compartilhou informações com o governo ucraniano sobre cada um dos ataques, e que o trabalho é contínuo.
Invasão russa entrou no 5º dia
A segunda-feira (28/2), quinto dia de confronto, ficou marcada pelas reações ao conflito. A batalha chegou à cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) e ao Tribunal Penal Internacional, em Haia.
Belarus entrou no foco da comunidade internacional. O país teria feito ataques à Ucrânia e cedeu a fronteira para a invasão russa. Resultado: acabou sofrendo sanções econômicas.
Rússia e Ucrânia se reuniram em Belarus na tentativa de negociar um cessar-fogo. Não vingou. Nesta terça-feira (1º/3), um novo encontro ocorrerá.
Apesar da investida, o governo de Belarus diz que não haverá ação militar durante a reunião.
As sanções econômicas começam a fazer efeito e preocupar os russos. Na manhã desta segunda, Putin discutiu reuniu os principais dirigentes do seu governo para buscar soluções à ofensiva de países ocidentais. Horas depois, o governo do país anunciou que cidadãos russos estão impedidos de enviar dinheiro ao exterior.
O Banco Central russo aumentou a taxa de juros de 9,5% para 20%. A medida visa frear aumento previsto da inflação e evitar desvalorização ainda maior de sua moeda, o rublo, que teve queda de 40%. Diante do turbilhão, a bolsa de valores em Moscou não abriu na segunda-feira nem deverá funcionar nesta terça (1º/3).