Microsoft acusa Irã de atuar on-line para influenciar eleições dos EUA
A Microsoft afirma que o Irã tem acelerado a atividade on-line visando influenciar o resultado das eleições nos Estados Unidos
atualizado
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A Microsoft afirmou, nesta sexta-feira (9/8), que o Irã está acelerando as atividades on-line com a intenção de influenciar as eleições nos Estados Unidos.
A empresa de tecnologia ainda disse que há sites iranianos sendo criados nos últimos meses com notícias falsas. Nos sites, os autores se passam por ativistas, contruindo o terreno para fomentar a divisão e influenciar eleitores americanos, em especial, nos swing states (estados pêndulo, em português), diz a empresa.
Como exemplo, a Microsoft citou a criação de um site de notícias falsas, para democratas, que insulta o ex-presidente Donald Trump chamando-o de “louco delirante” e sugere que ele usa drogas. Outro site criado por eles objetivava atrair leitores republicanos ao falar sobre questões da comunidade LGBTQ e de cirurgias de reafirmação de gênero.
As descobertas foram apresentadas em um novo relatório de inteligência de ameaças da Microsoft. O documento mostra como o Irã tem sido ativo nas recentes eleições dos EUA e que o país está evoluindo as táticas para as eleições que ocorrerão em novembro desse ano.
O relatório é mais revelador que os apresentados pelas agências de inteligência dos EUA, pois fornece exemplos específicos de grupos iranianos e das ações que eles tomaram até o momento.
Em resposta, a Missão das Nações Unidas do Irã negou que tivesse planos de interferir ou lançar ataques cibernéticos na eleição presidencial dos EUA.
Apesar de revelador, o documento não especifica nenhuma intenção do Irã além de semear o caos nos EUA.
Autoridades dos Estados Unidos já sugeriram, em outros momentos, que o Irã se opõe ao ex-presidente Donald Trump e, também, que Teerã buscou retaliação por um ataque ordenado por Trump em 2020 a um general iraniano.
Esta semana, o Departamento de Justiça apresentou acusações criminais contra um homem paquistanês com laços com o Irã que supostamente planejou o assassinato de Donald Trump e de outras autoridades.