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Menina síria que ria de bombas fica desalojada em terremoto na Turquia

Salwa, cujo pai a ensinou a rir ao som das bombas para não ter medo, tinha se mudado para a Turquia a fim de começar vida nova

atualizado

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criança síria rindo com pai - metrópoles
1 de 1 criança síria rindo com pai - metrópoles - Foto: Reprodução

A família da pequena Salwa, criança que aprendeu a transformar os horrores da guerra em uma “brincadeira” criada pelo pai, se viu no epicentro de uma crise humanitária novamente, mesmo tendo deixado a Síria em busca de paz. A nova casa deles, na Turquia, veio abaixo após o terremoto que atingiu o país em 6 de fevereiro.

Em 2020, a família de Salwa foi forçada a se mudar da cidade natal, Saraqeb, enquanto as forças do governo lutavam para recuperar o controle da província de Idlib. Eles seguiram para Sarmada, na fronteira com a Turquia. Lá, permaneceram até o início deste ano, quando o terremoto abalou o país.

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Bombeiros e voluntários ajudam na busca por sobreviventes após terremoto na Turquia e na Síria
Resgate de criança após terremoto na Turquia
Cenário de destruição após terremoto na Síria e Turquia
Um dos seis membros de uma mesma família é resgatado na Turquia após terremoto
Mais de 50 mil pessoas morreram na Turquia e Síria após terremoto de magnitude 7.8 atingir a região
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Terremoto na Síria

Foto: WFP/Photolibrary
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Bombeiros e voluntários ajudam na busca por sobreviventes após terremoto na Turquia e na Síria

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Resgate de criança após terremoto na Turquia

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Cenário de destruição após terremoto na Síria e Turquia

Hameed Marouf/ACNUR
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Um dos seis membros de uma mesma família é resgatado na Turquia após terremoto

Murat Sengul/Anadolu Agency via Getty Images
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Mais de 50 mil pessoas morreram na Turquia e Síria após terremoto de magnitude 7.8 atingir a região

Reprodução/The White Helmets

No momento do abalo sísmico, eles estavam em casa. O pai da criança de 6 anos contou que pegou Salwa no colo e correu para a rua, na tentativa de se protegerem. Do lado de fora, encontraram um cenário de devastação.

“Achei que a terra estava rachando sob nossos pés. Ao nosso redor, os prédios estavam desabando”, contou o pai da criança, Abdullah al-Mohamed, em entrevista à Al Jazeera.

“Parecia o dia do juízo final. Pelo menos na Síria, quando ocorresse um ataque, saberíamos para onde correr. Desta vez, a situação é diferente. A fonte do problema está abaixo de você”, emendou.

Sem conseguir carregar nada, al-Mohamed partiu com a esposa e a filha rumo à cidade de Mersin, no sul da Turquia, para se encontrar com parentes. Quando chegaram lá, encontraram os anfitriões acampados na rua, com muito medo de ir para casa, em função dos tremores secundários.

A família, então, procurou acolhimento em um abrigo, mas não havia nenhum disponível. Eventualmente, eles foram autorizados a ficar na casa superlotada de outro familiar. Até o momento, nenhum alimento ou ajuda humanitária de organizações que operam no terreno chegou até eles.

Terremoto na Turquia e na Síria

Em 6 de fevereiro, um terremoto de 7,8 graus de magnitude atingiu a Turquia e a Síria. Desde então, equipes de resgaste têm se empenhado em encontrar sobreviventes entre os escombros. Diversas nações, incluindo o Brasil, se mobilizaram e enviaram auxílio para o resgate das vítimas.

 O pior terremoto que atingiu a região em quase um século deixou, até o momento, mais de 41 mil mortos.

Nas redes sociais, o chefe de ajuda humanitária da ONU, Martin Griffiths, classificou o desastre como uma “crise de proporções colossais”, que deve testar a “generosidade, solidariedade e diplomacia global”.

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