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Poluição mata 9 milhões de pessoas por ano no mundo, diz estudo

Segundo a análise publicada na The Lancet, o número de mortes por poluição supera o de mortes devido ao trânsito, a álcool e a drogas

atualizado

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A poluição foi responsável por uma em cada seis mortes em todo o mundo em 2019. O dado faz parte de estudo divulgado na revista científica norte-americana The Lancet nesta semana. Segundo o relatório, baixa qualidade do ar, consumo de água suja e poluição química tóxica causaram mais óbitos do que acidentes no trânsito, abuso de álcool e drogas e o HIV.

O número representa 9 milhões de pessoas a cada ano. Mais de 90% das mortes ocorrem em países de renda baixa ou média. O ranking de óbitos prematuros causados pela poluição é liderado pela Índia, com 2,3 milhões por ano. A China vem logo em seguida, também acima dos 2 milhões.

Os dados de 2019, retirados da Carga Global de Doenças, Lesões e Fatores de Risco, são os mesmos desde 2015. O que preocupa os autores do estudo é a falta de avanço significativo no combate à contaminação do ar, do solo e da água. 

Conforme a pesquisa, os óbitos por poluição aumentaram 66% desde 2000. O crescimento foi causado, principalmente,  pela queima de combustíveis fósseis, como o petróleo.

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A poluição saltou nos últimos anos. O aumento é causado principalmente pela queima de petróleo e derivados

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No levantamento, 75% das 9 milhões de mortes estão relacionadas à poluição do ar. Óbitos por produtos químicos tóxicos somaram 1,8 milhão. A água poluída está associada a 1,4 milhão de mortos.

“Prevenir a poluição também pode retardar as mudanças climáticas e nosso relatório pede uma transição massiva e rápida de todos os combustíveis fósseis para energia limpa e renovável”, comentou o principal autor do estudo, Philip Landrigan, do Boston College (EUA).

Esforço coletivo

Para o socioambientalista e educador ambiental Thiago Ávila, “é bastante preocupante que as pessoas não percebam que a poluição da água, do solo e da atmosfera causam quase 25 mil de mortes diariamente ao redor do mundo”.

O especialista destaca a fragilidade das políticas ambientais dos países em desenvolvimento. “Embora os países periféricos consumam muito menos que o norte global, a divisão internacional do trabalho, a baixa regulação e sistemas políticos frágeis os tornam grande depósito de resíduos do planeta.”

De acordo com Ávila, se responsabilizar a combater a poluição é um esforço coletivo necessário. Ações individuais como usar mais transporte público, coletar lixos em ruas e praias e exercer o consumo consciente contribuem para uma sociedade mais avançada.

(*) Karolini Bandeira é estagiária do Programa Mentor e está sob supervisão da editora Maria Eugênia

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