Peru irá plantar um milhão de árvores para proteger Machu Pichu
Segundo presidente do país, região tem sido afetada por chuvas, que causam deslizamentos de terra. No verão, são as queimadas que preocupam
atualizado
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O presidente do Peru, Martín Vizcarra, iniciou na quinta-feira (09/01/2020) uma campanha com o objetivo de proteger Machu Picchu das chuvas e deslizamentos. Segundo o governo, a meta é reflorestar o santuário arqueológico com um milhão de árvores.
Vizcarra assegurou que a meta é um “compromisso do governo”. A cidadela, situada no distrito de Machu Picchu, localizada na província de Urubamba, a 80 quilômetros a noroeste da cidade de Cuzco, antiga capital do império inca (séculos XV e XVI), sofre com a ameaça de deslizamentos no inverno, por causa das intensas chuvas.
Durante o verão, é o sol que prejudica a natureza, com ocorrências de incêndios.
No domingo, a empresa de trem que leva os turistas decidiu restringir o serviço por várias horas, por conta de deslizamentos de pedras e lama, que aumentaram com as chuvas. Houve transbordamento do rio Vilcanota.
Especialistas do Ministério do Ambiente argumentam sobre a necessidade de plantar árvores no cinturão ecológico, conhecida como zona tampão, que permite proteger o santuário arqueológico e a flora e fauna circundantes.
O complexo arqueológico, encontrado em 1911 pelo explorador americano Hiram Bingham, foi declarada pela Unesco como Patrimônio Mundial em 1983. Machu Picchu é uma área protegida do Peru com mais de 35 mil hectares, que inclui o ambiente natural do local de Machu Picchu, aninhado na íngreme floresta dos yungas, na encosta oriental dos Andes peruanos.
Lixo ameaça preservação
Recebendo 1,6 milhão de visitantes todos os anos, Machu Picchu também sofre com o problema do lixo deixado pelos turistas.
Segundo a revista Aventuras na História, os resíduos somam mais de cinco toneladas por dia, formados em sua maioria por garrafas plásticas, prejudicando a fauna e flora.
Como não existem estradas para o sítio arqueológico, o lixo é levado exclusivamente por ferrovias, o que dificulta seu gerenciamento por autoridades locais.