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O que sobrou do maior iceberg já visto caminha em direção à morte

Iceberg A-76, o maior já conhecido até agora no planeta, flutua sobre a passagem de Drake e deve derreter totalmente

atualizado

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Hubert Neufeld/Unsplash
Iceberg
1 de 1 Iceberg - Foto: Hubert Neufeld/Unsplash

Imagens de satélite da agência espacial norte-americana (Nasa) mostraram que o iceberg A-76, o maior já conhecido até agora no planeta, flutua sobre a passagem de Drake, uma hidrovia de corrente oceânica de movimento rápido, entre a América do Sul e a Antártica.

Especialistas estão certos de que o bloco gigante de gelo caminha para a morte. Com 135 quilômetros de comprimento e 26 quilômetros de largura, o A-76 se separou da Península Ártica em 2021 e passou a se movimentar por cerca de um ano nos arredores do polo Sul.

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Imagens do Observatório da Terra da Nasa mostram o deslocamento do iceberg A-76
Iceberg se desprende na Antártida
Trata-se de um bloco que deve ter se desprendido recentemente e, por isso, ainda não foi "moldado" e rachado pelo contato com a água
Em seu perfil no Twitter, a agência explica o formato perfeito do iceberg tabular
em qualquer manipulação humana, sim pela própria natureza, o imenso bloco de gelo possui bordas retas e a superfície incrivelmente lisa, como se tivesse sido cortado por uma máquina
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Imagens do Observatório da Terra da Nasa mostram o deslocamento do iceberg A-76

Nasa/Divulgação
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Imagens do Observatório da Terra da Nasa mostram o deslocamento do iceberg A-76

Nasa/Divulgação
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Iceberg se desprende na Antártida

BAS/Divulgação
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Trata-se de um bloco que deve ter se desprendido recentemente e, por isso, ainda não foi "moldado" e rachado pelo contato com a água

NASA/Jeremy Harbeck
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Em seu perfil no Twitter, a agência explica o formato perfeito do iceberg tabular

NASA/Jeremy Harbeck
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em qualquer manipulação humana, sim pela própria natureza, o imenso bloco de gelo possui bordas retas e a superfície incrivelmente lisa, como se tivesse sido cortado por uma máquina

NASA/Jeremy Harbeck
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Durante um sobrevoo pela Antártica, um iceberg com um formato bastante curioso chamou a atenção de pesquisadores da Nasa

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AN01 ANTÁRTIDA 12/07/2017.- Fotografía de archivo fechada el 10 de noviembre que muestra una vista aérea de una grieta en el segmento Larsen C en la Antártida. Un iceberg de unos 5.800 kilómetros cuadrados, el más grande de la historia, se ha desprendido de dicho segmento, según informaron los científicos del "Proyecto Midas" hoy, 12 de julio de 2017. EFE/John Sonntag /Foto cedida por la NASA/SOLO USO EDITORIAL/PROHIBIDA SU VENTA

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Divulgação/NASA
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Isso porque as calotas polares são derretidas

Reprodução/Twitter
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Svalbard fica no extremo norte do planeta

Wolfgang Kaehler/LightRocket via Getty Images

As imagens da Nasa e a trajetória traçada pelos observadores evidenciam que o fim dele está próximo, com seu deslocamento para o norte da passagem de Drake nas próximas semanas.

Isso porque, de acordo com o Observatório da Terra, da Nasa, quando icebergs atingem esta hidrovia são rapidamente arrastados por fortes correntes oceânicas para o Leste.

No deslocamento para o Norte, que ocorre na sequência, as águas mais quentes provocam o derretimento total do gelo.

“À medida que continuam a derivar para o Norte, os icebergs geralmente são empurrados para o Leste pela poderosa Corrente Circumpolar Antártica que afunila através da Passagem de Drake. A partir desse ponto, os icebergs muitas vezes voam para o norte em direção ao equador e derretem rapidamente nas águas mais quentes da região”, afirmou o Observatório.

Maior iceberg flutuante

Por enquanto, o A-76 está do mesmo tamanho. Dados coletados em junho deste ano, pelo Centro Nacional de Gelo dos EUA, revelaram que o maior pedaço remanescente do que já foi o maior iceberg flutuando nos oceanos do mundo tem aproximadamente as mesmas proporções que tinha na época em que se soltou do iceberg-mãe.

Mas é praticamente impossível que ele permaneça assim por muito tempo. A passagem de Drake é famosa pela viagem só de ida para estes blocos de gelo.

A Corrente Circunpolar Antártica (ACC), que flui internamente ao redor do planeta, contém mais água do que qualquer outra – são 95 a 150 milhões de metros cúbicos de água transportados a cada segundo, de acordo com a Britannic – e os leva para suas “sepulturas aquáticas quentes”.

Iceberg A-76 Nasa
Imagens do Observatório da Terra da Nasa mostram o deslocamento do iceberg A-76

Gigantes de gelo

O deslocamento do A-76 foi registrado em 31 de outubro com o auxílio do Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer (Modis), acoplado a um dos satélites da Nasa.

De acordo com a agência espacial norte-americana, o iceberg pai do A-76 partiu da barreira de gelo de Filchner-Ronne – uma plataforma de gelo de 442.420 km² na Antártida – em maio de 2021. Na época, era o maior iceberg do planeta.

Dentro de um mês, o iceberg perdeu esse status quando se partiu em três pedaços, que ganharam nomes e a atenção de especialistas. A maior delas é o iceberg A-76.

 

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