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Novo “oásis de vida” é encontrado escondido sob o oceano das Maldivas

Os pesquisadores descreveram o lugar como um novo tipo de ecossistema próspero nunca descrito antes, repleto de animais raros

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Submarino da Nekton Mission no Oceano Índico - Metrópoles
1 de 1 Submarino da Nekton Mission no Oceano Índico - Metrópoles - Foto: Nekton Mission/Reprodução/YouTube

Uma equipe de mergulhadores encontrou, durante uma missão submarina, um “oásis de vida” em um “deserto oceânico muito grande” nas profundezas das Ilhas Maldivas, no Oceano Índico.

Os pesquisadores da Missão Nekton Maldivas descreveram o lugar como um novo tipo de ecossistema próspero, “nunca descrito antes”, repleto de micronektons, criaturas semelhantes a zooplanctons, embora um pouco maiores – entre 2 e 20 centímetros de tamanho (krill estão entre os menores).

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Os pesquisadores da Missão Nekton Maldivas descreveram o lugar como um novo tipo de ecossistema próspero, “nunca descrito antes”, repleto de micronektons, criaturas semelhantes a zooplanctons, embora um pouco maiores - entre 2 e 20 centímetros de tamanho (krill estão entre os menores)
No local, apelidado de “Zona de Armadilhas”,  grandes peixes se reúnem para um "banquete" com  estes seres microscópicos, a 500 metros de profundidade
Os micronektons nadam ativamente entre a superfície do oceano e águas com um quilômetro de profundidade, criando uma onda vertical de migração a cada dia e noite, à medida que peixes maiores os seguem para se alimentar
O ecossistema se formou em torno de uma montanha no mar, a Satho Rahaa, e se baseia justamente nos movimentos dos micronektons. Os cientistas descobriram que, a cada nascer do Sol, os pequenos organismos nadam para a parte baixa da superfície
Perto da cordilheira afundada, cumes vulcânicos submersos e recifes fossilizados de carbonato formados há 60 milhões de anos impedem os micronekton de mergulhar mais fundo do que os cerca de 500 metros de profundidade
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Uma equipe de mergulhadores encontraram, durante uma missão submarina, um "oásis" nas profundezas das Ilhas Maldivas, no Oceano Índico

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Os pesquisadores da Missão Nekton Maldivas descreveram o lugar como um novo tipo de ecossistema próspero, “nunca descrito antes”, repleto de micronektons, criaturas semelhantes a zooplanctons, embora um pouco maiores - entre 2 e 20 centímetros de tamanho (krill estão entre os menores)

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No local, apelidado de “Zona de Armadilhas”,  grandes peixes se reúnem para um "banquete" com  estes seres microscópicos, a 500 metros de profundidade

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Os micronektons nadam ativamente entre a superfície do oceano e águas com um quilômetro de profundidade, criando uma onda vertical de migração a cada dia e noite, à medida que peixes maiores os seguem para se alimentar

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O ecossistema se formou em torno de uma montanha no mar, a Satho Rahaa, e se baseia justamente nos movimentos dos micronektons. Os cientistas descobriram que, a cada nascer do Sol, os pequenos organismos nadam para a parte baixa da superfície

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Perto da cordilheira afundada, cumes vulcânicos submersos e recifes fossilizados de carbonato formados há 60 milhões de anos impedem os micronekton de mergulhar mais fundo do que os cerca de 500 metros de profundidade

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Presos pela topografia, os animais tornam-se o prato principal de predadores maiores, como cardumes de atum, tubarões famintos e outros peixes de águas profundas, como oreoes pontiagudos, alfonsinos e peixes-cachorro, que residem na zona

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Usando um submarino com formato de bolha de vidro, o Omega Seamaster II, os aquanautas observaram de perto este ecossistema repleto de predadores e presas lutando nas profundezas

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No local, apelidado de “Zona de Armadilhas” (Trapping Zone, na expressão em inglês),  grandes peixes se reúnem para um “banquete” com  estes seres microscópicos, a 500 metros de profundidade.

Os micronektons nadam ativamente entre a superfície do oceano e águas com um quilômetro de profundidade, criando uma onda vertical de migração a cada dia e noite, à medida que peixes maiores os seguem para se alimentar.

Banquete no mar

O ecossistema se formou em torno do vulcão Satho Rahaa e se baseia justamente nos movimentos dos micronektons. Os cientistas descobriram que, a cada nascer do Sol, os pequenos organismos nadam para a parte baixa da superfície.

Perto da cordilheira afundada, cumes vulcânicos submersos e recifes fossilizados de carbonato formados há 60 milhões de anos impedem os micronekton de mergulhar mais fundo do que os cerca de 500 metros de profundidade.

Presos pela topografia, os animais tornam-se o prato principal de predadores maiores, como cardumes de atum, tubarões famintos e outros peixes de águas profundas, como oreoes pontiagudos, alfonsinos e peixes-cachorro, que residem na zona.

Usando um submarino com formato de bolha de vidro, o Omega Seamaster II, os aquanautas observaram de perto este ecossistema repleto de predadores e presas lutando nas profundezas.

Nesta missão ao oásis subaquático, a equipe não apenas encontrou um grande número de peixes, mas também viu uma grande diversidade: tubarões-tigre, tubarões-guelra, tubarões-gulper, tubarões-martelo-recortados, tubarões-seda, tubarões-tigre da areia e até mesmo tubarões-bramble, que são relativamente raros.

Imagem de computador de montanha submersa no Oceano Índico - Metrópoles
Perto da cordilheira afundada, cumes vulcânicos submersos e recifes fossilizados de carbonato formados há 60 milhões de anos impedem os micronekton de mergulhar mais fundo do que os cerca de 500 metros de profundidade. Aprisionados, eles viram banquetes para os peixes

Busca por conhecimento

Eles destacam que é muito importante o estudo da região para conhecer melhor o oceano e sua capacidade de preservação. “Se tal ecossistema existe nas Maldivas, é provável que seja encontrado em outras ilhas oceânicas com estruturas submarinas semelhantes”, afirmou a cientista marinha Lucy Woodall, da Universidade de Oxford.

A maior parte do que se sabe sobre essas criaturas remonta aos anos 1960 e 1970, e só agora voltaram a ter atenção dos cientistas.

Depois desta pesquisa, eles analisaram que talvez os montes submarinos e os vulcões submersos sejam pontos de acesso para a vida no fundo do mar devido à forma como capturam os micronektons.

O movimento vertical de vaivém dos peixes através da coluna de água a cada dia é, segundo algumas estimativas, a maior migração em massa do planeta.

Ao nadar ativamente para cima e para baixo na coluna de água, os micronektons estão tecendo uma teia alimentar negligenciada para os ecossistemas oceânicos em todo o mundo.

Segundo algumas estimativas, todos os micronektons do mundo pesam mais de 10 bilhões de toneladas métricas , 45 vezes mais pesado do que todos nós humanos.

A Missão Nekton Maldivas é o primeiro estudo a mapear sistematicamente as águas profundas das Maldivas, uma cadeia de 26 atóis de corais a sudoeste do Sri Lanka e da Índia. Essa empreitada contou com colaboração de diversas entidades, inclusive da Universidade de Oxford.

 

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