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Microplásticos invadem cérebro duas horas após ingestão, aponta estudo

Em estudo, cientistas relatam ter alimentado cobaias com microplásticos e se surpreenderam ao ver fragmentos no cérebro delas

atualizado

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Projeto de cerebro azul com neuronios destacados em fundo preto
1 de 1 Projeto de cerebro azul com neuronios destacados em fundo preto - Foto: MR.Cole_Photographer

Cientistas da Universidade de Viena, na Áustria, comprovaram que microplásticos cada vez mais são fonte de problemas para os animais e os seres humanos.

Um estudo, publicado recentemente na revista científica Nanomaterials, mostrou que fragmentos deste material quase onipresente podem chegar ao cérebro de roedores adultos duas horas após a ingestão, e lá aumentam o risco de inflamação.

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Partículas plásticas de poliestireno em escala nanométrica foram detectadas no cérebro de camundongos apenas 2 horas após a administração. Nas imagens representativas de imunofluorescência de cérebros de camundongos machos, as setas indicam partículas nanoplásticas fluorescentes verdes
Microplásticos vistos em imagens de microscópio
Os microplásticos estavam nas pequenas poças de água que se formam nos fitotelmas, o espaço que fica entre o caule e a folha e, normalmente, permite o acúmulo de água das chuvas
Microplásticos encontrados no campo vistos sob um microscópio de luz
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Simulações mostram a entrada da partícula plástica com uma coroa de 150 moléculas de colesterol na bicamada DOPC, um modelo de barreira hematoencefálica

MDPI/Divulgação
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Partículas plásticas de poliestireno em escala nanométrica foram detectadas no cérebro de camundongos apenas 2 horas após a administração. Nas imagens representativas de imunofluorescência de cérebros de camundongos machos, as setas indicam partículas nanoplásticas fluorescentes verdes

MDPI/Divulgação
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Microplásticos vistos em imagens de microscópio

Universidade de Prešov
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Os microplásticos estavam nas pequenas poças de água que se formam nos fitotelmas, o espaço que fica entre o caule e a folha e, normalmente, permite o acúmulo de água das chuvas

Universidade de Prešov
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Paul Schellekens/Unsplash
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Microplásticos encontrados no campo vistos sob um microscópio de luz

Photo Flinders University
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Uma pesquisa comparou uma variedade de cabos sintéticos comumente usados ​​na indústria marítima

Universidade de Plymouth
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Uma imagem de microscopia fluorescente mostra fagos adsorvidos por microplásticos. Pesquisadores da Rice University e seus colegas descobriram que plásticos de lixiviação química atraem bactérias e outros vetores e os tornam suscetíveis a genes resistentes a antibióticos

Alvarez Research Lab/Rice University
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Europe, UK, London, 2018: View Of Nylon Webbing Tow Strap (Rated 14 Tons)

Kypros via Getty Images
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Tartaruga nadando no mar poluído

canaran via iStock
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Homem em praia poluída

Monty Rakusen via Getty Images
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Mar poluído por plásticos

Carmen Martínez Torrón via Getty Images

Os pesquisadores austríacos ficaram surpresos com a capacidade de nanopartículas de plástico romperem a barreira hematoencefálica e, como consequência, invadirem o cérebro.

No entanto, a questão não é inédita, quando se analisa o cérebro de roedores. Em outra pesquisa, cientistas chineses já haviam descoberto que partículas de microplástico podem chegar ao cérebro de fetos.

O fato de dois estudos diferentes indicarem evidências semelhantes apenas reforça, desta forma, o risco que, em tese, o material representa à saúde.

Ratos alimentados com plástico

Neste trabalho mais recente, os pesquisadores analisaram especificamente o risco de invasão do cérebro pelo poliestireno (PS), material presente em copos descartáveis, brinquedos, seringas, escovas de dente e outros.

Os cientistas foram ao extremo para comprovar a teoria, e, literalmente, alimentaram seis ratos com uma solução aquosa contendo partículas de nanoplástico. As cobaias foram mortas em até quatro horas depois, para que os cérebros fossem analisados.

A conclusão deles foi que duas horas são suficientes para que o microplástico rompesse a barreira hematoencefálica.

“No cérebro, as partículas de plástico podem aumentar o risco de inflamação, distúrbios neurológicos ou mesmo doenças neurodegenerativas, como Alzheimer ou Parkinson”, relatou, em comunicado, Lukas Kenner, um dos autores do estudo.

A equipe deve seguir pesquisando para descobrir se o mesmo comportamento ocorre em seres humanos.

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