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Incêndios na Sibéria são maiores que todos os outros do planeta juntos

Onda de incêndios florestais segue devastando a Sibéria. Greenpeace alerta que este deve ser o maior incêndio registrado na história

atualizado

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Ivan Nikiforov/Anadolu Agency via Getty Image
SAKHA, RUSSIA - AUGUST 13: Blanket of smog covers the city as air pollution increases due to the ongoing wildfires around the village of Kharyyalakh in Sakha, Russia on August 13, 2021. (Photo by Ivan Nikiforov/Anadolu Agency via Getty Images)
1 de 1 SAKHA, RUSSIA - AUGUST 13: Blanket of smog covers the city as air pollution increases due to the ongoing wildfires around the village of Kharyyalakh in Sakha, Russia on August 13, 2021. (Photo by Ivan Nikiforov/Anadolu Agency via Getty Images) - Foto: Ivan Nikiforov/Anadolu Agency via Getty Image

Imagine todos os incêndios florestais que ocorreram durante o verão em todo o planeta. Juntos, eles são menores que os que ocorrem na gelada Sibéria. A onda de incêndios neste ano é considerada uma das mais graves em todo o mundo, seja na Rússia, nos países do Mediterrâneo ou nos Estados Unidos (veja vídeos abaixo).

Segundo a imprensa local, chamas gigantestas estão sendo alimentadas em parte por ondas de calor extremas, aliadas a secas recordes. Cientistas atribuem todo o complexo problema às temperaturas mais altas associadas às mudanças climáticas.

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A República de Sakha, também chamada de Yakutia, a cerca de 3 mil milhas a leste de Moscou, na Rússia, é a região mais atingida por incêndios florestais
Water vapour towers of a nuclear power plant agains the sunset. Climate change theme.
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Fumaça de incêndios florestais na Sibéria visualizadas pelos satélites da Nasa

MODIS Land Rapid Response Team, NASA GSFC
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A República de Sakha, também chamada de Yakutia, a cerca de 3 mil milhas a leste de Moscou, na Rússia, é a região mais atingida por incêndios florestais

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Water vapour towers of a nuclear power plant agains the sunset. Climate change theme.

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A República de Sakha, também chamada de Yakutia, a cerca de 3 mil milhas a leste de Moscou, na Rússia, é a região mais atingida. O local, que no inverno é uma das regiões habitadas mais frias da Terra, está queimando desde a primavera. Incêndios por lá já estão entre os maiores já registrados.

Enormes quantidades de fumaça se espalharam até o Alasca e o Pólo Norte, enquanto as autoridades lutam para conter o fogo, com pouca mão de obra e equipamentos especializados. Milhares de socorristas e bombeiros esgotam esforços para apagar o fogo, mas sem sucesso.

Um piloto-observador sênior da filial de Yakutia do Serviço de Proteção Aérea Florestal federal, Kolesov, afirmou ao jornal ABC News que tem direcionado suas pequenas equipes para conter os incêndios titânicos e mantê-los longe dos vilarejos fora de Yakutsk.

“Trabalho desde 1988 e nunca vi um verão assim. Agora é uma loucura. Há muitos incêndios e quase todos eles são graves”, lamentou.

O governo declarou estado de emergência em Yakutia por conta dos incêndios que já queimaram cerca de 1,5 milhão de hectares de florestas. Em muitas regiões da Sibéria, a fumaça é tão intensa que bloqueia até a luz do sol.

Floresta em perigo

A Sibéria é uma província russa que abrange a maior parte da Ásia Setentrional. A região apresenta paisagens que variam entre tundra, florestas de coníferas e cadeias de montanhas, como os montes Urais, a cordilheira de Altai e a cordilheira de Verkhoiansk.

Dados recentes apontam que a região de Sakha registrou uma alta de 3°C na sua temperatura anual desde o início do século 20. Incêndios florestais, como em quase todo o planeta, são até comuns nessa época do ano, mas o que está sendo registrado em 2021 é anormal, tanto em extensão de área como de intensidade.

Em entrevista ao jornal local The Moscow Times, especialistas do Greenpeace afirmaram que o incêndio que assola a Sibéria pode se tornar o “maior registrado no mundo”. Um dos diretores da ONG, Alexey Yaroshenko, disse que os incêndios “estão crescendo e devem atingir cerca de 400 mil hectares, o que seria o maior já documentado na história”.

Fumaça de incêndios na Sibéria
Fumaça de incêndios florestais na Sibéria visualizadas pelos satélites da Nasa

Impacto da atividade humana

A situação da Sibéria reacende o debate sobre o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), órgão nas Nações Unidas (ONU), mostrou um alarmante relatório sobre o impacto da atividade humana no aumento da frequência de fenômenos meteorológicos extremos.

Segundo a publicação, divulgada na segunda-feira (9/8), a concentração de dióxido de carbono (CO2), por exemplo, é a maior em 2 milhões de anos. Segundo o documento, espera-se que por volta de 2030 a temperatura média do planeta seja 1,5 ºC ou 1,6 ºC mais quente que a dos níveis da era pré-industrial nos cinco cenários relativos às emissões de gases de efeito estufa – que evoluem do mais otimista ao mais pessimista -, considerados no relatório. Isto ocorreria uma década antes do que o IPCC previu há apenas três anos.

 

 

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