metropoles.com

Espécie extinta de ave “voltou dos mortos”, segundo cientistas

Cientistas descobriram que a Dryolimnas cuvieri foi extinta após a inundação da ilha e, milhares de anos depois, retornou em forma evoluída

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Charles J Sharp/Divulgação
white-throated rail
1 de 1 white-throated rail - Foto: Charles J Sharp/Divulgação

Uma ave foi extinta há mais 136 mil anos e ressurgiu “do mundo dos mortos” em uma impressionante demonstração de evolução da espécie. Segundo cientistas, a Cuvier’s Rail (Dryolimnas cuvieri) colonizou o Atol Aldabra, no Oceano Índico, evoluiu para uma espécie sem asas, e depois foi completamente destruída quando a ilha desapareceu sob o mar. Milhares de anos depois, ela voltou ao mesmo local, mas novamente com asas.

Os pesquisadores encontraram fósseis similares de antes e depois deste evento, evidenciando que a ave, que tem quase o mesmo tamanho de uma galinha, reapareceu quando o nível do mar baixou, possibilitando a recolonização da ilha e dando de volta aos espécimes a capacidade de voar. O estudo foi publicado na Revista Zoológica da Sociedade Lineana.

4 imagens
Ilustração mostram a Dryolimnas cuvieri antes da extinção
Ossos mostram diferenças entre as espécies que surgiram antes e depois que a ilha foi tomada pelo mar
Dryolimnas cuvieri
1 de 4

Ilustração mostram a Dryolimnas cuvieri antes da extinção

2 de 4

Ilustração mostram a Dryolimnas cuvieri antes da extinção

3 de 4

Ossos mostram diferenças entre as espécies que surgiram antes e depois que a ilha foi tomada pelo mar

Universidade de Portsmouth
4 de 4

Dryolimnas cuvieri

Charles J Sharp/Divulgação

A Dryolimnas cuvieri, também conhecida como White-throated rail, pode ser encontrada em Aldabra até hoje. O processo, chamado de evolução iterativa, é extremamente raro e definido como a evolução repetida de uma espécie do mesmo ancestral em diferentes momentos da história.

A pesquisa marca a primera vez que o processo foi visto com estas aves e é um dos mais significativos já encontrados de acordo com os autores. “Não conhecemos nenhum outro exemplo que demonstre esse fenômeno tão evidentemente”, disse o coautor David Martill, da Universidade de Portsmouth, em um comunicado.

Aves sem asas
A Dryolimnas de Aldabra perderam a capacidade de voar com o tempo, porque a falta de predadores tornou isto necessário, assim com o dodô (Raphus cucullatus), espécie extinta de ave da família dos pombos que era endêmica das Ilhas Maurício, no Oceano Índico a leste de Madagascar.

No entanto, ao contrário do dodô, a white-throated rail foi “ressucitada” para contar esta incrível história evolutiva. O estudo também demonstra os efeitos que a mudança causou nestas aves, dando origem a duas espécies, com e sem asas.

Estas aves vêm de Madagascar, mas colonizam repetidamente outras ilhas isoladas, crescendo em número e saindo da ilha onde começaram.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?