1 de 1 Floresta Amazônica, na Amazônia, proxima a área desmatada e queimada. Incêndio próximo a propriedades rurais.
- Foto: Igo Estrela / Metrópoles
Enviado especial a Sharm El-Sheikh – O diretor da Iniciativa Internacional de Clima e Floresta da Noruega, Andreas Dahi Jorgensen, afirmou nesta segunda-feira (14/11) que a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem um importante significado para a Amazônia e para o mundo.
“O Brasil mostrou os melhores resultados da história de mitigação no governo Lula. Agora, temos o presidente eleito dizendo que quer repetir esse feito, o que é de um significado global enorme”, disse Jorgensen.
O representante do governo norueguês, no entanto, frisou que é necessário ir além do Fundo Amazônia.
“O mundo tem que se juntar para mobilizar os recursos e as ferramentas para ser parceiro do Brasil de uma maneira nunca vista antes. Estamos com as portas abertas e gostaríamos de ampliar a nossa parceria com o Brasil a partir de agora”, acrescentou.
Com a eleição de Lula, Noruega e Alemanha anunciaram a retomada de doações para Fundo Amazônia – desativado em meados de 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
Jorgensen participou de painel no espaço do consórcio interestadual da Amazônia Legal.
Também estiveram presentes o diretor de Clima, Floresta e Meio Ambiente da BMZ-Alemanha, Heike Henn; a coordenadora Residente da ONU Brasil, Sílvia Ruks; a ex-ministra do Meio Ambiente Izabela Teixeira; além dos próprios governadores da região.
“Estamos muito atraídos pela ideia de uma economia da floresta em pé. Nós sabemos que o Brasil e a Região Amazônica precisam ter crescimento, e é por isso que estamos renovando essa parceria”, disse Henn.
Segundo ele, o financiamento do Fundo Amazônia vai estar disponível mesmo antes do início do ano que vem.
Amazônia: desmatamento e queimadas durante o governo Bolsonaro
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A destruição de florestas na Amazônia alcançou um novo e alarmante patamar durante o governo Bolsonaro. O desmatamento no bioma aumentou 56,6% entre agosto de 2018 e julho de 2021, em comparação ao mesmo período de 2016 a 2018
Igo Estrela/Metrópoles
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De acordo com a pesquisa do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), mais da metade (51%) do desmatamento do último triênio ocorreu em terras públicas, principalmente (83%) em locais de domínio federal
Igo Estrela/Metrópoles
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Dois anos após o Dia do Fogo, as queimadas na região voltaram a quebrar recordes anuais. Em 2020, a Amazônia Legal registrou o maior índice dos últimos nove anos (150.783 focos de fogo), um valor 20% maior que no ano anterior e 18% maior que nos últimos cinco anos
Igo Estrela/Metrópoles
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Em 2019, Bolsonaro se envolveu em algumas polêmicas ao ser pressionado sobre as medidas para controlar a situação das queimadas na Amazônia. Na época, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou que o mês de julho havia registrado aumento de 88% nos incêndios, em comparação com o mesmo período do ano anterior
Fábio Vieira/Metrópoles
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O presidente da República questionou a veracidade das informações e chegou a afirmar que se o relatório fosse verdadeiro a floresta já estaria extinta. O diretor do instituto, Ricardo Galvão, acabou exonerado por causa da qualidade das informações divulgadas pelo órgão
Ricardo Fonseca/ASCOM-MCTIC
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Bolsonaro chegou a culpar as organizações não governamentais (ONGs) pela situação na floresta. Segundo o presidente, o objetivo era enviar as imagens para o exterior e prejudicar o governo
Fábio Vieira/Metrópoles
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Diante da polêmica, o governo lançou edital com o intuito de contratar uma equipe privada para monitorar o desmatamento na Amazônia. O presidente também convocou um gabinete de crise para tratar das queimadas e prometeu tolerância zero com os incêndios florestais
Fotos Igo Estrela/Metrópoles
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Porém, durante os três anos de governo de Jair Bolsonaro, as políticas ambientais foram alvo de críticas devido aos cortes orçamentários, desmonte de políticas de proteção ambiental e enfraquecimento de órgãos ambientais
Reprodução
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Em 2020, na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o chefe do Executivo voltou a criar polêmicas ao declarar que os incêndios florestais eram atribuídos a "índios e caboclos" e disse que eles aconteceram em áreas já desmatadas. Além disso, Bolsonaro alegou que o Brasil é vítima de desinformação sobre o meio ambiente
Agência Brasil
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No ano seguinte, Bolsonaro elogiou a legislação ambiental brasileira e o Código Florestal e enalteceu a Amazônia durante a assembleia. Além disso, disse que o futuro do emprego verde estava no Brasil
Agência Brasil
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Em novembro de 2021, o presidente classificou as notícias negativas sobre a Amazônia como “xaropada”. Contudo, de acordo com o Inpe, a área sob risco tem 877 km², um recorde em relação à série histórica
Lourival Sant’Anna/Agência Estado
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Durante um evento de investidores em Dubai, Jair disse que a Amazônia não pega fogo por ser uma floresta úmida e que estava exatamente igual quando foi descoberta, em 1500
Agência Brasil
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Bolsonaro costuma falar com apoiadores no Palácio da Alvorada todos os dias
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Desmatamento na Amazônia
Ernesto Carriço/NurPhoto via Getty Images
O repórter viajou a convite do Instituto Clima e Sociedade (ICS)
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