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Acordo internacional quer limitar aquecimento do clima em 0,5°C

Países decidiram reduzir as emissões de gases superpoluentes para tentar conter a alta nos termômetros

atualizado

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1 de 1 seca6 - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

Um acordo internacional fechado ontem para a redução de emissões de um poderoso tipo de gás de efeito estufa pode ajudar a evitar um aquecimento de até 0,5°C na temperatura média global até o fim deste século. Em encontro em Kigali (Ruanda), 197 países (Brasil incluído) decidiram reduzir as emissões dos hidrofluorcarbonetos, ou simplesmente HFCs, gases usados em refrigeradores e aparelhos de ar-condicionado e conhecidos como superpoluentes por, sozinhos, terem capacidade enorme de aquecimento. Apesar de ocorrerem em quantidade relativamente pequena na atmosfera – a concentração de CO2, o gás estufa mais comum, é muito maior -, eles aprisionam milhares de vezes mais calor.

A decisão ocorreu como uma emenda ao Protocolo de Montreal, que em 1987 tinha estabelecido o fim do consumo de gases que destroem a camada de ozônio. Foram banidos, por exemplo, os CFCs (clorofluorcarbonetos), que também eram usados em aparelhos de ar-condicionado, geladeiras e sprays. O acordo é considerado um dos mais bem-sucedidos na questão climática, por levar a uma redução de 98% na produção de gases nocivos à camada que protege o planeta da entrada dos raios solares mais nocivos e causadores de câncer de pele. Hoje a camada de ozônio voltou a se recuperar

Os HFCs, que ficaram liberados, não causam esse problema, mas logo se viu que eles funcionavam como poderosos aquecedores. E sua concentração vem crescendo na taxa de 10% ao ano, principalmente por causa de um aumento da demanda, nos últimos anos, por resfriamento -em um círculo vicioso, quanto mais o mundo aquece por causa desses gases, mais ainda eles são consumidos.

Após duas semanas da conferência das partes do Protocolo de Montreal, todos os países se comprometeram a agir para reduzir suas emissões de HFCs. As nações desenvolvidas vão começar a reduzir suas emissões a partir de 2019, enquanto os países em desenvolvimento vão congelar seus níveis de consumo a partir de 2024. O objetivo é que, até 2047, o consumo total tenha caído de 80% a 85% em relação aos valores atuais.

A medida é considerada isoladamente a mais efetiva para a contenção do aquecimento global e é a primeira grande ação desde que foi fechado, no ano passado, o Acordo de Paris, que prevê que os países atuem para conter o aumento da temperatura global a bem menos de 2°C até o fim do século, com esforços para ficar em no máximo 1,5°C.

Elogios
“Quanto mais rápido nós agirmos, mais baixos serão os custos e mais leve será o impacto ambiental sobre nossas crianças”, declarou o presidente de Ruanda, Paul Kagame. “Não é sempre que temos a chance de ter uma redução de 0,5°C tomando um único passo juntos como países”, comemorou o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry.

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