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Medo toma conta de habitantes na Cidade de Gaza após ordem de Israel

Defesa de Israel ordenou que habitantes do norte da Faixa de Gaza deixem a região em 24 horas e sigam para o sul do território

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Imagem colorida mostra Palestinos saem da Cidade de Gaza após aviso de Israel de que cidadãos civis devem deixar a região em 24 horas - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Palestinos saem da Cidade de Gaza após aviso de Israel de que cidadãos civis devem deixar a região em 24 horas - Metrópoles - Foto: Ahmad Hasaballah/Getty Images

“Ninguém sabe o que fazer.” A frase é de Inas Hamdan, oficial da agência de refugiados palestinos da ONU na Cidade de Gaza, em alusão à ordem das Forças de Defesa de Israel para que habitantes no norte do território fujam para o sul em 24 horas.

Em entrevista à agência de notícias AP, Hamdan relata que a situação na cidade se tornou um “caos”: as pessoas pegam tudo o que podem e fogem. “Esqueça a comida, esqueça a eletricidade, esqueça o combustível. A única preocupação agora é se você vai sobreviver, se vai viver“, afirmou Nebal Farsakh, porta-voz do Crescente Vermelho Palestino na Cidade de Gaza.

Farsakh diz que é impossível evacuar 1,1 milhão de pessoas (número estimado de cidadãos ao norte da região), com segurança, dentro de 24 horas. Como exemplo, o porta-voz citou inúmeros médicos e pacientes que se encontram em hospitais neste momento.

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Soldados israelenses inspecionam danos causados ​​por estilhaços em uma parede após um ataque com foguete em 12 de outubro de 2023 em Sderot
Soldados carregam o caixão de Valentin (Eli) Ghnassia, 23 anos, que foi morto em uma batalha com militantes do Hamas no Kibutz Be'eeri, perto da fronteira com a Faixa de Gaza, durante seu funeral em 12 de outubro de 2023 no Cemitério Militar Mount Herzl em Jerusalém, Israel
Pessoas rezam no funeral de Moaz Raed Odeh, Hassan Muhannad Abu Srour, Musab Abdel Halim Abu Rida e Ubadah Saed Abu Srour, que foram mortos quando soldados israelenses abriram fogo na aldeia de Kasra, em Nablus, Cisjordânia, em 12 de outubro de 2023
Uma explosão em uma torre residencial causada por ataques israelenses no norte da Faixa de Gaza em 12 de outubro de 2023 na Cidade de Gaza, Gaza
Cidadãos palestinos inspecionam os danos às suas casas causados ​​pelos ataques aéreos israelenses em 12 de outubro de 2023 na Cidade de Gaza
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Um soldado israelense patrulha o local do Festival de Música do Deserto Supernova, depois do ataque do primeiro dia de guerra

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Soldados israelenses inspecionam danos causados ​​por estilhaços em uma parede após um ataque com foguete em 12 de outubro de 2023 em Sderot

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Soldados carregam o caixão de Valentin (Eli) Ghnassia, 23 anos, que foi morto em uma batalha com militantes do Hamas no Kibutz Be'eeri, perto da fronteira com a Faixa de Gaza, durante seu funeral em 12 de outubro de 2023 no Cemitério Militar Mount Herzl em Jerusalém, Israel

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Pessoas rezam no funeral de Moaz Raed Odeh, Hassan Muhannad Abu Srour, Musab Abdel Halim Abu Rida e Ubadah Saed Abu Srour, que foram mortos quando soldados israelenses abriram fogo na aldeia de Kasra, em Nablus, Cisjordânia, em 12 de outubro de 2023

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Uma explosão em uma torre residencial causada por ataques israelenses no norte da Faixa de Gaza em 12 de outubro de 2023 na Cidade de Gaza, Gaza

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Cidadãos palestinos inspecionam os danos às suas casas causados ​​pelos ataques aéreos israelenses em 12 de outubro de 2023 na Cidade de Gaza

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Palestinos enchem recipientes com água potável de um veículo de distribuição de água, em meio à crise hídrica causada pelo cerco israelense à Faixa de Gaza

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A fumaça sobe enquanto unidades de artilharia israelenses e obuseiros estacionados na zona militar lançam ataques durante o sexto dia de confrontos em Sderot, Israel

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A expectativa é que Israel, além dos bombardeios aéreos, promova uma invasão terrestre em uma das áreas mais densamente povoadas da Faixa de Gaza, após o massacre contra civis promovido pelo grupo extremista Hamas desde o último sábado (7/10).

A confusão é ainda maior porque a autoridade do Hamas para os Assuntos dos Refugiados afirmou que os habitantes do norte devem “permanecer firmes nas suas casas e permanecer firmes ante esta repugnante guerra psicológica travada pela ocupação”. Com colapso das linhas telefônicas, indisponibilidade de internet na maior parte do tempo e falta de energia, os cidadãos não sabem como se informar com segurança.

“Até agora, as pessoas acreditam que isto é uma espécie de guerra psicológica, não querem acreditar”, afirmou Safwat al-Kahlout, repórter da rede Al Jazeera. “Em termos práticos, 1,1 milhões de pessoas não têm instalações suficientes para se deslocarem. Como poderão deslocar-se? Burros? Eles não têm burros suficientes. Carros? Não há carros suficientes. Não há combustível para os veículos circularem há sete dias”, acrescentou al-Kahlout ao site.

Pela “segurança” dos civis da Cidade de Gaza

O aviso dos militares israelenses foi direcionado a funcionários da Organização das Nações Unidas (ONU), civis que ocupam abrigos da ONU e civis em geral. No comunicado, as Forças de Defesa dizem que a saída deve ser feita para “segurança” dos próprios cidadãos, porque Israel planeja “operar significativamente na Cidade de Gaza”.

“Vocês só poderão retornar à Cidade de Gaza quando for feito outro anúncio permitindo isso. Não se aproxime da área da cerca de segurança com o Estado de Israel”, continua o texto israelense.

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