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Médicos Sem Fronteiras condena ataque a hospital em Gaza: “Massacre”

Pelo menos de 500 pessoas, segundo palestinos, morreram após bombardeio contra o hospital al-Ahli Arab na cidade de Gaza

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A organização internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) condenou o ataque a um hospital da cidade de Gaza, nesta terça-feira (17/10). O grupo classificou a ação como “massacre”. Pelo menos 500 pessoas morreram, segundo palestinos, após o bombardeio e outras centenas ficaram feridas.

“Estávamos operando no hospital, houve uma forte explosão e o teto do centro cirúrgico caiu. Isso é um massacre”, afirmou Ghassan Abu Sittah, médico do MSF em Gaza.

O governo de Israel negou a autoria do ataque e informou que a ação teria sido realizada pela organização Jihad Islâmica Palestina. Trata-se de uma organização militante que desempenha importante papel no conflito entre Israel e Palestina. Fundada na década de 1980, ela é conhecida pela postura radical e pelas ligações estreitas com o Irã.

“A partir da análise dos sistemas operacionais das FDI, foi lançada uma barragem de foguetes inimigos em direção a Israel que passou nas proximidades do hospital, quando este foi atingido”, destaca trecho do texto divulgado pelas autoridades israelenses.

Segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde da Palestina, o bombardeio atingiu o al-Ahli Arab Hospital. Além de pacientes, o local também abrigava pessoas que tentavam deixar o norte da cidade de Gaza após ultimato das autoridades de Israel.

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A organização internacional reforçou que “nada justifica este ataque brutal a um hospital e aos seus muitos pacientes e profissionais de saúde”. Além disso, o Médicos Sem Fronteiras completou que “os hospitais não são um alvo”.

Além da cidade de Gaza, o Médicos Sem Fronteiras atua em Jenin, Nablus e Hebron, territórios palestinos ocupados desde 1989.

OMS

A Organização Mundial de Saúde, vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), também condenou o ataque ao hospital palestino e pediu uma proteção para os civis que precisam de cuidados médicos e estão na área de conflito.

“A OMS condena veementemente o ataque ao Hospital Al Ahli Arab, no norte da Faixa de Gaza. O hospital estava operacional, com pacientes, profissionais de saúde e prestadores de cuidados e pessoas deslocadas internamente abrigadas”, destacou a OMS, em nota.

“A OMS apela à proteção ativa imediata dos civis e dos cuidados de saúde. As ordens de evacuação devem ser revertidas. O direito humanitário internacional deve ser respeitado, o que significa que os cuidados de saúde devem ser ativamente protegidos e nunca visados”, completou.

Israel e Hamas

O grupo islâmico Hamas iniciou um ataque contra o território israelense em 7 de outubro. A ação provocou uma escalada no conflito na região e resultou em uma resposta das Forças Armadas de Israel ainda mais contundente.

Os militares israelenses iniciaram uma série de bombardeios contra a Faixa de Gaza, pequena extensão de terra ocupada por palestinos. Além disso, autoridades de Israel cortaram o fornecimento de água, comida e energia para a região, o que agravou a crise humanitária.

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Cidadãos palestinos inspecionam sua casa destruída durante os ataques israelenses no sul da Faixa de Gaza em 16 de outubro de 2023 em Khan Yunis, Gaza
Uma visão da devastação na cidade de Beit Hanoun da cidade israelense de Sderot após ataques aéreos israelenses em 16 de outubro de 2023
Equipes de defesa civil e moradores locais tentam resgatar pessoas dos escombros da casa destruída de uma família palestina atingida por um ataque aéreo israelense em Khan Yunis, Gaza, em 16 de outubro de 2023
Criança palestina ferida é transportada para o Hospital Naseer após ataque aéreo israelense enquanto os ataques israelenses continuam no 10º dia em Khan Yunis, Faixa de Gaza, em 16 de outubro de 2023
Equipes de defesa civil e residentes lançam uma operação de busca e resgate em torno dos escombros de edifícios destruídos enquanto os ataques israelenses continuam no 10º dia em Rafah, Gaza, em 16 de outubro de 2023
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Israel continua a enviar soldados, tanques e veículos blindados perto da fronteira de Gaza em Ashkelon, Israel, em 16 de outubro de 2023

Saeed Qaq/Anadolu via Getty Images
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Cidadãos palestinos inspecionam sua casa destruída durante os ataques israelenses no sul da Faixa de Gaza em 16 de outubro de 2023 em Khan Yunis, Gaza

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Uma visão da devastação na cidade de Beit Hanoun da cidade israelense de Sderot após ataques aéreos israelenses em 16 de outubro de 2023

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Equipes de defesa civil e moradores locais tentam resgatar pessoas dos escombros da casa destruída de uma família palestina atingida por um ataque aéreo israelense em Khan Yunis, Gaza, em 16 de outubro de 2023

Belal Khaled/Anadolu via Imagens Getty
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Criança palestina ferida é transportada para o Hospital Naseer após ataque aéreo israelense enquanto os ataques israelenses continuam no 10º dia em Khan Yunis, Faixa de Gaza, em 16 de outubro de 2023

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Equipes de defesa civil e residentes lançam uma operação de busca e resgate em torno dos escombros de edifícios destruídos enquanto os ataques israelenses continuam no 10º dia em Rafah, Gaza, em 16 de outubro de 2023

Rahim Khatib/Anadolu através da Getty Images
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Palestinos deixam suas casas em segurança em meio aos destroços de edifícios destruídos após o ataque aéreo israelense no bairro de Tel al-Hawa enquanto os ataques israelenses continuam no 10º dia na Faixa de Gaza em 16 de outubro de 2023

Ali Jadallah /Anadolu via Getty Images

No total, o conflito entre Israel e o Hamas deixou 4 mil mortos, desses, 3.061 são palestinos e 1,4 mil são israelenses.

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