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Medicamentos contra Covid usados no Brasil são suspensos nos EUA

A FDA, agência regulamentadora de medicamentos nos Estados Unidos, suspendeu remédios desenvolvidos pelas empresas Regeneron e Eli Lilly

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1 de 1 medicamento covid-19 - Foto: Getty Images

A Food and Drug Administration (FDA), órgão responsável por regular medicamentos nos Estados Unidos, proibiu o uso de dois remédios para Covid-19 em todo o país. Segundo a agência, os coquetéis de anticorpos monoclonais da Regeneron (casirivimabe e imdevimabe) e da Eli Lilly (bamlanivimabe e etesevimabe) não são eficazes contra a Ômicron, variante responsável por mais de 99% dos casos na nação, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Embora os dois medicamentos sejam aprovados no Brasil pela Anvisa, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), órgão técnico do Ministério da Saúde, não recomendou o uso. Hélio Angotti Neto, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, porém, rejeitou o estudo da Conitec.

Com o impasse burocrático, os remédios não são recomendados para o uso no SUS, mas também não são rejeitados; então, podem ser usados.

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De acordo com a OMS, variantes consideradas de preocupação são aquelas que possuem aumento da transmissibilidade e da virulência, mudança na apresentação clínica da doença ou diminuição da eficácia de vacinas e terapias disponíveis
Já as variantes de interesse apresentam mutações que alteram o fenótipo do vírus e, assim, causam transmissões comunitárias, detectadas em vários países
Apesar da alta taxa de transmissão, a Ômicron possui sintomas menos agressivos que o coronavírus
Em setembro de 2020, a variante Alfa foi identificada pela primeira vez no Reino Unido. Ela possui alta taxa de transmissão e já foi localizada em mais de 80 países. Apesar de ser considerada como de preocupação, as vacinas em uso são extremamente eficazes contra ela
Com mutações resistentes, a variante Beta também foi classificada como de preocupação pela OMS. Identificada pela primeira vez na África do Sul, ela possui alto poder de transmissão, consegue reinfectar pessoas que se recuperaram da Covid-19, incluindo já vacinadas, e está presente em mais de 90 países
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Desde o início da pandemia, dezenas de cepas da Covid-19 surgiram pelo mundo. No entanto, algumas chamam mais atenção de especialistas: as classificadas como de preocupação e as de interesse

Viktor Forgacs/ Unsplash
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De acordo com a OMS, variantes consideradas de preocupação são aquelas que possuem aumento da transmissibilidade e da virulência, mudança na apresentação clínica da doença ou diminuição da eficácia de vacinas e terapias disponíveis

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Já as variantes de interesse apresentam mutações que alteram o fenótipo do vírus e, assim, causam transmissões comunitárias, detectadas em vários países

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Apesar da alta taxa de transmissão, a Ômicron possui sintomas menos agressivos que o coronavírus

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Em setembro de 2020, a variante Alfa foi identificada pela primeira vez no Reino Unido. Ela possui alta taxa de transmissão e já foi localizada em mais de 80 países. Apesar de ser considerada como de preocupação, as vacinas em uso são extremamente eficazes contra ela

Aline Massuca/Metrópoles
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Com mutações resistentes, a variante Beta também foi classificada como de preocupação pela OMS. Identificada pela primeira vez na África do Sul, ela possui alto poder de transmissão, consegue reinfectar pessoas que se recuperaram da Covid-19, incluindo já vacinadas, e está presente em mais de 90 países

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A variante Gama foi identificada pela primeira vez no Brasil e também é considerada de preocupação. Ela possui mais de 30 mutações e consegue escapar das respostas imunológicas induzidas por imunizantes. Apesar disso, estudos comprovam que vacinas disponíveis oferecem proteção

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A variante Delta era considerada a mais transmissível antes da Ômicron. Identificada pela primeira vez na Índia, essa variante está presente em mais de 80 países e é classificada pela OMS como de preocupação. Especialistas acreditam que a Delta pode causar sintomas mais severos do que as demais

Fábio Vieira/Metrópoles
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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron também foi classificada pela OMS como de preocupação. Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, número superior ao das demais variantes, é mais resistente às vacinas e se espalha facilidade

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Classificada pela OMS como variante de interesse, a Mu foi identificada pela primeira vez na Colômbia e relatada em ao menos 40 países. Apesar de ter domínio baixo quando comparada às demais cepas, a Mu tem maior prevalência na Colômbia e no Equador

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Apesar de apresentar diversas mutações que a tornam mais transmissível, a variante Lambda é menos severa do que a Delta, e é classificada pela OMS como de interesse. Ela foi identificada pela primeira vez no Peru

Josué Damacena/Fiocruz
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Localizada nos Estados Unidos, a variante Épsilon é considerada de interesse pela OMS. Isso porque a cepa possui a capacidade de comprometer tanto a proteção adquirida por meio de vacinas quanto a resistência adquirida por meio da infecção pelo vírus

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As variantes Zeta, identificada no Brasil; Teta, relatada nas Filipinas; Capa, localizada na índia; Lota, identificada nos Estados Unidos; e Eta não são mais consideradas de interesse pela OMS. Essas cepas fazem parte do grupo de variantes sob monitoramento, que apresentam risco menor

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A decisão, publicada na segunda-feira (24/1), foi explicada em um comunicado emitido pela diretora do Centro de Avaliação e Pesquisa de Medicamentos da FDA, Patrizia Cavazzoni. De acordo com a representante da entidade, o levantamento realizado aponta que os dois tratamentos com anticorpos “são altamente improváveis de serem ativos contra a variante Ômicron, que está circulando em uma frequência muito alta nos Estados Unidos”.

A suspensão já havia sido recomendada pelo Painel de Diretrizes para o Tratamento da Covid-19 dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH).

Os anticorpos monoclonais são produzidos em laboratório para imitar o sistema de defesa natural do organismo humano. O uso emergencial dos medicamentos foi aprovado no ano passado e milhões de pacientes receberam o tratamento nos EUA. Porém, as mutações presentes na Ômicron fazem com que a variante seja resistente aos anticorpos.

A agência destaca que existem outras terapias disponíveis no país para pacientes com sintomas leves que correm maior risco de complicações. Tais procedimentos incluem um anticorpo monoclonal fabricado pela GSK em parceria com a Vir Biotechnology (sotrovimabe) e pílulas antivirais da Pfizer e da MSD, em parceria com a Ridgeback Biotherapeutics.

Se esses medicamentos se mostrarem eficazes contra futuras variantes, seu uso pode ser autorizado novamente, afirma a FDA.

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