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Brics: Mauro Vieira critica Israel e cita “clube da paz” internacional

Ministro das Relações Exteriores discursou na sessão plenária da cúpula do Brics nesta quarta-feira (24/10), em Kazan, na Rússia

atualizado

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Imagem colorida do Chanceler Mauro Vieira no Brics
1 de 1 Imagem colorida do Chanceler Mauro Vieira no Brics - Foto: Divulgação/MRE

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, discursou nesta quinta-feira (24/10) na sessão plenária da 16ª Cúpula dos Brics, em Kazan, na Rússia. Representando o Brasil, após o acidente doméstico sofrido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Vieira destacou o papel dos países do grupo a favor do diálogo em um “clube da paz”.

Após mencionar os conflitos e guerras em curso no mundo, o ministro enfatizou: “Formamos um clube da paz para fomentar o diálogo e buscar uma solução duradoura. Essa solução duradoura só virá com o respeito ao direito internacional, incluindo os propósitos e princípios consagrados na Carta da ONU e o papel central das Nações Unidas no sistema internacional”.

Vieira mencionou que não há justificativa para “atos terroristas como os praticados pelo Hamas” contra Israel, mas contrapôs ao dizer que “a reação desproporcional” do exército de Benjamin Netanyahu “tornou-se uma punição coletiva ao povo palestino”.

“Já foram lançados sobre Gaza mais explosivos do que os que atingiram Dresden, Hamburgo e Londres na Segunda Guerra Mundial”, destacou.

Independência da Palestina

O ministro expressou, ainda, o posicionamento do Brasil de que não haverá paz “enquanto não houver um Estado palestino independente”. E enfatizou que a decisão de existência dele foi tomada pela própria Organização das Nações Unidas (ONU) há 75 anos.

Apesar disso, Vieira citou que a mesma ONU, responsável pela criação do Estado de Israel, se vê hoje “de mãos atadas”. A preocupação, diante do quadro, é com a possível escalada dos conflitos na região.

Durante o discurso, o ministro pontuou a necessidade de “máxima cautela” e atenção para evitar a ampliação dos confrontos, para que “não se transforme em uma guerra total”, especialmente após os ataques israelenses contra o Líbano.

Ele citou, ainda, a situação na Ucrânia, cuja guerra contra a Rússia já dura mais de dois anos. Para Vieira, é preciso evitar o acirramento do conflito entre os dois países. “Essa é a mensagem que o entendimento Brasil-China busca promover”, destacou.

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