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Marcha pró-Gaza em Berlim é dispersada após confrontos

Na véspera do aniversário do ataque de 7 de outubro a Israel, polícia alemã dispersa manifestação pró-Gaza após participantes atirarem pedra

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1 de 1 Imagem colorida de manifestantes e policiais em Berlim - Metrópoles - Foto: Joerg Carstensen / Getty Images

Manifestantes pró-palestinos entraram em choque com a polícia de Berlim nesse domingo (6/10), véspera do aniversário da ofensiva terrorista lançada pelo Hamas em 7 de outubro de 2023.

Os confrontos ocorreram na região do distrito de Kreuzberg, que concentra uma significativa população islâmica na capital alemã. De acordo com a polícia, cerca de 3.500 pessoas participaram de uma manifestação que tinha como lema “Demonstração contra o genocídio em Gaza”. O número foi bem superior ao esperado. Inicialmente, os organizadores que registraram a marcha junto às autoridades informaram que esperavam 1.000 pessoas.

De acordo com as autoridades, manifestantes mascarados tentaram romper uma barreira policial e atiraram pedras e garrafas contra policiais. Um vídeo registrou o momento em que um manifestante escalou um carro de polícia.

Vários participantes acabaram sendo detidos e a polícia ordenou que a manifestação fosse dispersada. “Infelizmente, as coisas ficaram violentas no final da manifestação. Pedras e garrafas foram arremessadas contra os policiais, assim como fogos de artifício. Alguns participantes tentaram romper as barreiras. Devido à violência, a marcha foi interrompida às 18h15”, disse uma porta-voz da polícia, acrescentando que alguns policiais ficaram feridos, mas sem especificar o número.

Antes do final de semana, conforme o aniversário do 7 de outubro, autoridades da Alemanha já haviam alertado para a possibilidade de tumultos e para um “grande potencial de polarização e radicalização”.

Neste domingo, após o registro de confrontos em Berlim, jornais alemães que adotam uma linha pró-Israel cobriram o episódio de maneira crítica. “Em Berlim, uma marcha de pessoas que odeiam Israel”, dizia o título de uma reportagem do tabloide conservador Bild. “Milhares de pessoas em uma manifestação de ódio contra Israel – e à noite, pedras voam”, disse o tabloide B.Z..

Neste domingo, o chanceler federal Olaf Scholz afirmou, em vídeo, antes do aniversário de 7 de outubro, que “não vai tolerar antissemitismo” na Alemanha. No ano passado, Scholz já havia condenado duramente uma manifestação em Berlim, que ocorreu horas depois do ataque do Hamas a Israel, na qual membros de uma associação pró-palestina distribuíram doces para pedestres na capital alemã para celebrar a chacina de civis israelenses. O grupo acabou sendo posteriormente banido pelas autoridades.

Em 7 de outubro de 2023, uma ofensiva terrorista surpresa lançada pelo grupo Hamas a partir da Faixa de Faza que causou a morte de 1.200 pessoas no território israelense e o sequestro de cerca de 250. A reação de Israel tem sido dura e já resultou na morte de mais de 40 mil pessoas no enclave palestino, segundo autoridades locais ligadas ao Hamas.

Manifestações pró-Israel e pela libertação de reféns

A marcha que terminou em confrontos não foi a única manifestação na capital alemã neste domingo. Cerca de 500 pessoas também se reuniram no Portão de Brandemburgo, mas neste caso para uma manifestação pró-Israel. Em frente ao marco da cidade, uma grande

uma grande bandeira de Israel. Os participantes também marcharam até a Bebelplatz, a cerca de um quilômetro de distância. Essa praça simbolicamente se tornou novamente a “praça dos reféns do Hamas”. Entre outras coisas, cadeiras vazias foram colocadas em homenagem aos reféns que ainda permanecem em poder do grupo palestino.

Outras manifestações pró-Gaza também foram registradas em Düsseldorf e Hamburgo da Alemanha durante o fim de semana, mas sem registro e incidentes significativos.

Já Munique foi palco de uma enorme marcha contra o antissemitismo e pela libertação dos reféns israelenses. Segundo as autoridades, cerca de 8.000 pessoas participaram da manifestação. O evento reuniu o embaixador de Israel na Alemanha e o presidente do Conselho Central dos Judeus da Alemanha.

Paralelamente, uma contra-demonstração pró-palestina reuniu 1.200 pessoas. As duas marchas permaneceram separadas uma da outra com o auxílio de 400 policiais.

Mais manifestações são esperadas na Alemanha na segunda-feira. Só em Berlim, as autoridades devem mobilizar 2.000 policiais para acompanhar as concentrações.

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