Manifestantes saem às ruas contra suspensão de referendo na Venezuela
O protesto é contra a suspensão do referendo revogatório do mandato do presidente Nicolás Maduro
atualizado
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Dezenas de milhares de manifestantes saíram às ruas de Caracas e das principais cidades da Venezuela, nesta quarta-feira (25/10) para protestar contra a suspensão do referendo revogatório do mandato do presidente Nicolás Maduro. Chamada de “tomada da Venezuela” pela coalizão opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD), a manifestação teve confronto com a polícia em ao menos duas cidades: Mérida e Cumaná. Em Caracas, a Polícia Nacional Bolivariana (PNB) tentou vetar parcialmente o acesso à avenida onde se concentram os manifestantes.
Líderes da oposição, como o ex-candidato presidencial Henrique Capriles e o presidente da Assembleia Nacional, Henry Ramos Allup, prometeram ir ao Palácio de Miraflores, sede do executivo, no dia 3 para pressionar Maduro a aceitar o referendo. “Nos roubaram o direito de votar”, disse Capriles. “Se não pudermos votar, passamos a outra etapa.”Vestidos de branco e com bonés nas cores da bandeira venezuelana, os manifestantes saíram de sete pontos da capital venezuelana com direção à Avenida Francisco Fajardo, a principal via expressa da cidade, que liga oeste da capital ao leste. Em alguns desses pontos, a PNB ergueu barreiras para impedir a passagem dos manifestantes. No oeste da cidade, perto do Palácio de Miraflores, chavistas se reuniram para prestar apoio a Maduro, que convocou para esta tarde uma reunião do Conselho de Defesa do país, formado pela Justiça Eleitoral, Ministério Público, do Poder Judicial e Legislativo.
“Maduro tem que ir embora. Chega de passividade. Temos de pressionar”, disse a engenheira Kleina Campos, de 41 anos. “Estamos na rua e aqui ficaremos até que haja uma resposta desse governo”, disse o publicitário Victor Jiménez, de 63.