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Manifestantes pedem melhores condições de trabalho na América do Sul

Além dos brasileiros, milhares de outros sul-americanos saíram às ruas no Feriado do Trabalhador para protestar por condições melhores de trabalho

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TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO CONTEÚDO
Dilma participa de evento do Dia do Trabalgador no Vale do Anhangabaú
1 de 1 Dilma participa de evento do Dia do Trabalgador no Vale do Anhangabaú - Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO CONTEÚDO

Além do Brasil, outros países da América do Sul também registraram manifestações neste domingo (1/5), feriado de Dia do Trabalho. Milhares de pessoas foram às ruas para pedir melhores condições de trabalho em suas respectivas nações.

Os chilenos saíram às ruas da capital Santiago para celebrar o 1º de maio e reclamar melhorias sociais, em duas marchas paralelas, uma das quais registrou incidentes violentos. As manifestações ocorreram dias depois de uma decisão controversa do Tribunal Constitucional (TC) do país, que declarou inválida a “titularidade sindical”, que outorgava a exclusividade da negociação coletiva a sindicatos e era considerada uma das questões chaves para a reforma trabalhista pela qual trabalhou durante meses o governo da presidente Michelle Bachelet. A medida buscava evitar a existência de grupos de negociação concorrentes, capazes de dividir os trabalhadores.

A primeira marcha, organizada pela Central Unitária de Trabalhadores (CUT, o maior sindicato do Chile), reuniu cerca de 5 mil pessoas e transcorreu

pacificamente na principal avenida da cidade. “Não estamos surpresos com o pronunciamento do TC esta semana. Em pleno século 21, alguns ainda veem os trabalhadores como sinônimo de escravidão”, afirmou, em seu discurso, Barbara Figueroa, presidente da CUT. Barbara terminou o seu discurso convocando uma nova marcha sindical para o fim de maio. A segunda marcha do dia, organizada pelo Comitê Iniciativa de Unidade Sindical, percorreu as principais ruas de Santiago. Em seu curso, foram registrados incidentes de violência e ataques a instalações comerciais, reprimidos por caminhões da polícia chilena equipados com canhões de água e gás lacrimogêneo.

No Paraguai, várias centrais sindicais se reuniram na capital Assunção para uma manifestação em que se exigia melhores condições de trabalho. O ministro do Trabalho do país, Guillermo Sosa, anunciou que não vai reajustar o salário mínimo por ora. Os sindicatos no Paraguai buscam respeito à jornada de oito horas diárias, melhorias salariais e reformas nos setores da agricultura, educação e saúde.

Em Montevidéu, no Uruguai, trabalhadores marcharam para celebrar o 50º aniversário da central sindical PIT-CNT (Plenário Intersindical de Trabalhadores – Convenção Nacional de Trabalhadores), que neste domingo inaugurou seu canal de televisão. Na linha de frente da manifestação, estavam o ex-presidente José Mujica e sua esposa, Lucia Topolansky. Dirigentes sindicais fizeram discursos abordando a diferença de preços dos produtos básicos nos supermercados, a situação política internacional – mencionando a crise no Brasil -, os salários e o emprego, com referências também aos desaparecidos durante a ditadura (1973-1985). Fonte: Associated Press.

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