Malásia diz que vai deportar homem preso por morte de Kim Jong-nam
Além disso, a Coreia do Norte afirmou que o irmão do líder norte-coreano Kim Jong-un morreu por ataque cardíaco
atualizado
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O governo da Malásia irá deportar o homem norte-coreano que foi preso por suspeita de ter participado da morte do meio-irmão do líder Kim Jong-un, afirmou nesta quinta-feira (2/3) o procurador-geral do país, Mohamed Apandi Ali.
Segundo Ali, Ri Jong Chol será solto nesta sexta-feira (3) porque não havia “evidência suficiente” para indiciá-lo, mas “porque não tem visto de viagem válido”.
Ri morava no país há anos e trabalhava para uma companhia malaia, de acordo com seus documentos de trabalho. No entanto, segundo um gerente da companhia, o suspeito nunca trabalhou com ele.
Ataque cardíaco
O enviado norte-coreano à Malásia rejeitou nesta quinta-feira a autópsia feita pelas autoridades do país e afirmou que Kim Jong-nam faleceu por causa de um ataque cardíaco agravado pela diabetes e por pressão alta. Anteriormente, o governo malaio concluíra que Kim Jong Nam faleceu por complicações causadas pelo agente nervoso VX.
As diferenças entre os resultados encontrados criaram uma batalha diplomática entre ambos os países. A autópsia está no centro do debate, uma vez que o governo de Pyongyang pediu expressamente que não fosse realizada uma autópsia, mas as autoridades locais o fizeram mesmo assim.
Separadamente, a Malásia anunciou que vai parar de permitir a entrada de norte-coreanos no país sem visto. A autópsia malaia que encontrou traços do agente nervoso VX elevou especulações de que foi o governo norte-coreano orquestrou o ataque. Especialistas afirmam que o veneno oleoso quase certamente foi produzido em um sofisticado laboratório estatal de armas. O governo norte-coreano negou qualquer papel na morte de Kim Jong-nam.