Mais dois alpinistas morrem no Everest. Já são 10 vítimas
Organizadores de expedições disseram que britânico e irlandês perderam a vida enquanto escalavam a região
atualizado
Compartilhar notícia
Um alpinista britânico e um irlandês morreram no Everest, pico mais alto do mundo, com 8.848m de altura e localizado entre o Nepal e o Tibete. Já são 10 vítimas que perderam a vida nesta temporada de escalada na região, segundo informaram neste sábado (25/05/2019) organizadores de expedições no Nepal.
A superlotação pode ter contribuído para a tragédia. De acordo com funcionário de uma agência de viagens, a quantidade de pessoas no Everest pode ter contribuído para a morte de Nihal Bagwan, um indiano de 27 anos. “Ele [Bagwan] ficou bloqueado no engarrafamento durante mais de 12 horas e estava esgotado. Os guias trouxeram-no para o acampamento 4 e ele morreu no local”, relatou Keshav Paudel.
Além de Bagwan, a também indiana Kalpana Das, de 52 anos, morreu nessa quinta-feira (23/05/2019). Ela conseguiu chegar ao topo do monte mais alto do mundo, mas não resistiu à descida.
Um austríaco de 65 anos morreu no lado tibetano da montanha. E o nepalês, um guia turístico de 33 anos, faleceu em um acampamento-base, após ficar doente em outro acampamento do local, a 7.158 metros de altitude.
Nos dias anteriores, outros dois alpinistas indianos e um americano morreram no Everest. Autoridades nepalesas afirmaram que, até essa quinta-feira (23/05/2019), quase 550 alpinistas tinham chegado ao topo. O período entre o fim de abril e o mês de maio é considerado mais vantajoso para a escalada do monte, pois as condições meteorológicas são menos extremas.
Fotos divulgadas nos últimos dias mostram uma longa fila de alpinistas, próximos um do outro. Analistas dizem que o “engarrafamento” é provocado pela grande quantidade de permissões para escalada, assim como pelo reduzido número de “janelas” meteorológicas adequadas para chegar ao topo.