Mais de 120 homens são presos na África do Sul por estupro coletivo
Oito mulheres foram violentadas quando participavam da gravação de um clipe na região de uma mina abandonada
atualizado
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A polícia da África do Sul prendeu cerca de 120 homens pelo estupro coletivo de oito mulheres na última semana. O crime ocorreu durante a gravação de um videoclipe, em uma mina abandonada na cidade de Krugersdorp, na última quinta-feira (28/7).
Homens armados invadiram o local, onde 22 pessoas trabalhavam no set de filmagem. Destas, 12 eram mulheres. “Os suspeitos ordenaram que todos se deitassem e estupraram oito das mulheres e roubaram todos os seus pertences antes de fugir do local”, contou o comissário de polícia local, tenente-general Elias Mawela, à agência de notícias Associated Press.
Operações feitas durante o fim de semana prenderam cerca de 80 “zama-zamas”, imigrantes vindos de países como Moçambique e Zimbábue para trabalhar com garimpo ilegal. Em nova ação na terça-feira (2/8), o número subiu para 120. Em confronto, dois suspeitos foram mortos e outro ficou ferido.
As acusações, porém, ainda estão restritas à entrada ilegal na África do Sul, porte de arma de fogo e itens roubados e mineração irregular. Isso porque é necessário um teste de DNA para acusação relacionada aos crimes sexuais.
O novo crime brutal reacendeu protestos e debates no país sobre os altos índices de violência de gênero e ineficiência na investigação de casos de crimes sexuais. Por ser um grupo que vive em condições precárias, os zama-zamas são constantemente acusados de crimes pela população local.
Police destroy #zamazama dwellings situated on top of an old mine in Krugersdorp, where they process gold. This is meters away from where girls were raped days ago while shooting a music video. @eNCA #ZamaZamas pic.twitter.com/k72N2DpkDj
— Aviwe Mtila (@AviweMtila) August 3, 2022