Mais de 100 palestinos são enterrados em cova comum na Faixa de Gaza
A escavação de uma vala comum teria ocorrido para atender ao alto número de palestinos mortos da guerra
atualizado
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Corpos de mais de 110 palestinos mortos na guerra entre Israel e Hamas foram enterrados em uma cova coletiva nesta quarta-feira (22/11). O sepultamento ocorreu na cidade de Khan Younis, ao sul da Faixa de Gaza.
De acordo com a agência de notícias Al Jazeera, os corpos estavam armazenados no hospital Al-Shifa e na cidade de Beit Hanoon. O complexo hospitalar de Al-Shifa está há dias sob operação das Forças de Defesa de Israel (FDI).
A agência ainda reporta que os indivíduos enterrados nesta quarta não teriam sido identificados. A escavação de uma vala comum teria ocorrido para atender ao alto número de mortos da guerra, diante da escassez de covas.
As imagens do local mostram que um trator abriu a cova em um solo arenoso. Os corpos chegaram em caminhões e foram enfileirados em sacos plásticos por profissionais de saúde. Veja os registros do momento:
Hospital sob operação
As tropas israelenses invadiram o Al-Shifa na noite de 14 de novembro, pelo horário de Brasília. “As FDI estão conduzindo uma operação terrestre em Gaza para derrotar o Hamas e resgatar reféns. Israel está em guerra com o Hamas, não com os civis de Gaza”, disseram as FDI na ocasião.
O Hamas e os funcionários das autoridades de saúde em Gaza negaram que o grupo extremista estaria lá. Há dias Israel está sob pressão para provar as alegações de que o Hamas teria estruturas no hospital.
No dia seguinte ao início da operação, as FDI divulgaram imagens de armas e equipamentos militares do Hamas que teriam sido encontrados dentro do Al-Shifa.
“Durante buscas em um dos departamentos do hospital, as tropas localizaram um cômodo com ativos tecnológicos, junto com equipamento militar e de combate utilizado pela organização terrorista do Hamas”, diz comunicado divulgado pelas tropas.
Os equipamentos encontrados serão levados para análise. “As FDI continuam operando no complexo hospitalar, enquanto extrai informações de inteligência e previne danos à equipe médica e a civis que lá estão abrigados”, diz Israel.