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Maio foi o 12º mês seguido mais quente da história: “Momento de crise”

Para secretário-geral das Nações Unidas, marca de maio é “nosso planeta está tentando nos dizer algo, mas parece que não estamos ouvindo”

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Foto colorida de menino indiano rodeado de garrafas de água vazias - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de menino indiano rodeado de garrafas de água vazias - Metrópoles - Foto: Raj K Raj/Hindustan Times via Getty Images

Maio de 2024 foi o mais quente já registrado no planeta, de acordo com o Serviço Copernicus para as Alterações Climáticas (C3S). A temperatura média registrada foi de 0,65°C acima da média dos últimos 29 anos.

Com isso, maio foi o 12º mês consecutivo com aumento de temperatura igual ou superior a 1,5°C , que é a meta do Acordo de Paris.

Para o diretor da C3S, Carlo Buontempo, esse é um registro chocante, mas não surpreendente. “Por mais que esse recorde de 12 meses seja eventualmente interrompido, a assinatura global das alterações climáticas permanecerá e não há sinal em vista de uma mudança nessa tendência”, comentou.

Na última semana de maio, o subúrbio de Mungeshpur, em Nova Déli, na Índia, registrou uma temperatura recorde de 52,3°C. As autoridades locais emitiram um alerta vermelho de saúde por conta de uma “probabilidade muito elevada de desenvolver doenças relacionadas com o calor e insolação em todas as idades”.

As autoridades de Nova Déli alertaram para o risco de escassez de água e cortes em seu fornecimento já ocorreram em alguns lugares.

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Várias áreas em Delhi, incluindo a área de Sanjay Camp em Chanakyapuri e a área da colônia Geeta, estão entre aquelas que enfrentam grave escassez de água
No calor escaldante, as pessoas esperam em longas filas, na esperança de encher pelo menos um balde
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Pessoas enchendo garrafas de água de um caminhão-tanque do governo de Delhi, durante uma onda de calor de alta temperatura, na área de New Ashok Nagar

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Várias áreas em Delhi, incluindo a área de Sanjay Camp em Chanakyapuri e a área da colônia Geeta, estão entre aquelas que enfrentam grave escassez de água

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No calor escaldante, as pessoas esperam em longas filas, na esperança de encher pelo menos um balde

No estado de Tabasco, no México, o calor causou a morte de, pelo menos, 83 macacos. Na região a temperatura passou dos 50ºC.

Segundo o biólogo Gilberto Pozo, os macacos bugios apresentavam sinais de desidratação severa e caiam de árvores “como maçãs”. Também no México, ao menos 26 pessoas morreram por causa do calor extremo.

“Nosso planeta está tentando nos dizer algo, mas parece que não estamos ouvindo. Estamos quebrando recordes de temperatura global e colhendo o que plantamos. Estamos em um momento de crise. Agora é a hora de mobilizar, agir e entregar”, afirma o Secretário Geral das Nações Unidas, António Guterres.

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Um bugio recebe tratamento
Pelo menos 83 macacos foram encontrados mortos no estado de Tabasco, na costa do Golfo
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(NOTA DO EDITOR: A imagem representa conteúdo gráfico) Bugios caíram mortos das árvores enquanto a onda de calor se alastrava em Cunduacan, México, em 24 de maio de 2024.

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Um bugio recebe tratamento

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Pelo menos 83 macacos foram encontrados mortos no estado de Tabasco, na costa do Golfo

 

Maio no Brasil

Também foi em maio que o estado de São Paulo registrou um novo recorde histórico de temperatura máxima, que foi a maior para um mês maio em 81 anos, desde 1943, quando teve início a série histórica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Na Mooca, por exemplo, bairro na Zona Leste de São Paulo, a temperatura chegou a 33,8°C por volta das 15h, algo totalmente fora do esperado para essa época do ano.

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o Inmet registrou recordes consecutivos de temperatura máxima para um mês maio desde 1943, quando teve início a medição na cidade de São Paulo
Desde março, pessoas se refrescavam  no Museu do Ipiranga
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A cidade de São Paulo registrou temperatura máxima de 31,7 graus Celsius em meio à onda de calor, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet)

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o Inmet registrou recordes consecutivos de temperatura máxima para um mês maio desde 1943, quando teve início a medição na cidade de São Paulo

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Desde março, pessoas se refrescavam no Museu do Ipiranga

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