Líder da máfia italiana, Matteo Denaro morre aos 61 anos
Nos últimos anos, a polícia italiana já havia bloqueado mais de R$ 800 milhões da máfia Cosa Nostra, comandada por Denaro
atualizado
Compartilhar notícia
Matteo Messina Denaro, que liderava a máfia italiana de nome Cosa Nostra, morreu aos 61 anos, no último domingo (24/9), de câncer no cólon. A Cosa Nostra é uma das organizações criminosas que inspiraram o clássico longa-metragem “O Poderoso Chefão”, lançado em 1972.
Denaro estava foragido há quase três décadas, quando foi preso em janeiro deste ano, em Sicília, na Itália. Ele estava internado na ala hospitalar do presídio de segurança máxima da província de Áquila, mas havia sido transferido para o hospital de San Salvatore de L’Aquila após agravamento de seu quadro clínico.
“O epílogo de uma existência vivida sem remorsos nem arrependimentos, um capítulo doloroso da histórica recente, e que não podemos apagar, mas cujo fim podemos contar, graças ao trabalho das mulheres e homens que dedicaram suas vidas na luta contra a máfia”, afirmou o prefeito de Áquila, Pierluigi Biondi.
As autoridades italianas locais confirmaram a morte do mafioso e o prefeito de Áquila, Pierluigi Biondi, agradeceu nas redes sociais aos funcionários da prisão e do hospital pelo “profissionalismo e humanidade”. Veja:
Punto a una vicenda che racconta di violenza e sangue, sofferenze ed eroismi.
L’epilogo di una esistenza vissuta senza rimorsi né pentimenti, un capitolo doloroso della storia recente che non possiamo cancellare. pic.twitter.com/cu1R4uSTxb— Pierluigi Biondi 🇮🇹 (@PierluigiBiondi) September 25, 2023
Histórico da máfia
Mais de R$ 836 milhões da organização criminosa Cosa Nostra foram bloqueados nos últimos anos pela polícia italiana. Atualmente, a máfia ‘Ndrangheta substituiu a Cosa Nostra como a organização criminosa italiana mais poderosa.
O mafioso foi condenado à prisão perpétua após os assassinatos dos promotores Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, nos anos 90, bem como a participação dos atentados com bomba que mataram um total de dez pessoas nas cidades de Florença, Roma, e Milão. Ele também é acusado de ajudar a organizar o sequestro e morte de Giuseppe Di Matteo, de 12 anos, para coagir o pai dele, um informante, a não depor contra a máfia. Matteo foi mantido em cativeiro por dois anos, até morrer estrangulado e ter seu corpo dissolvido com ácido.