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Máfia italiana deixa caixão em frente à casa de ativista em Roma

Polícia italiana responsabilizou o clã Casamonica pela ameaça contra a vida da ativista Tiziana Ronzio. Caixão deixado por máfia é examinado

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Polícia da Capital de Roma
Foto colorida de caixão preto deixado em frente à casa de uma ativista antimáfia em Roma, Itália, no domingo (25/8) - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de caixão preto deixado em frente à casa de uma ativista antimáfia em Roma, Itália, no domingo (25/8) - Metrópoles - Foto: Polícia da Capital de Roma

A polícia de Roma responsabilizou o clã Casamonica, uma associação da máfia italiana, por um caixão preto deixado em frente a casa da ativista antimáfia Tiziana Ronzio, no domingo (25/8). De acordo com as autoridades, o ato representa uma ameaça ontra a vida de Ronzio.

A ativista afirmou que, de imediato, não percebeu que aquilo era uma ameaça e chamou a atitude de “estúpida”. “Não estou com medo, estou seguindo em frente”, Ronzio disse à mídia local.

“Esses são gestos estúpidos que nos deixam ainda mais bravos e com vontade de lutar”, disse à CNN. O grupo antimáfia Toripiubella denuncia membros do clã por crimes contra moradores locais e testemunha em tribunais.

As autoridades locais examinam o caixão em buca de impressões digitais. Em solidariedade à ativista, Roberto Gualtieri, prefeito de Roma, publicou um texto de apoio nas redes sociais.

“Solidariedade e proximidade a Tiziana Ronzio pela horrível ameaça recebida hoje. O precioso trabalho que ela vem realizando há anos junto com muitos outros cidadãos honestos em Tor Bella Monaca certamente não vai parar diante da intimidação. A cidade e sua administração continuarão ao lado de Tiziana em apoio ao seu compromisso diário no território pela legalidade e justiça”, escreveu.

Tobia Zevi, vereador de Roma para políticas de patrimônio e habitação, também apoiou Ronzio, afirmando que “a denúncia contra o crime organizado e a coragem e a perseverança que distinguiram seu trabalho em anos difíceis não serão prejudicadas pelo medo de mais um gesto ignóbil contra ela”.

Clã Casamonica vem da máfia dos anos 1970

O clã Casamonica, de origem cigana, foi identificado pela primeira vez como um grupo de estilo mafioso na década de 1970. Frequentemente associados a extorsão, acredita-se que o clã tenha, aproximadamente, mil membros.

Em 2015 o grupo ganhou as manchetes mundiais após um funeral luxuoso para o patriarca da família, Vittorio Casamonica, que incluiu uma carruagem puxada por cavalos para seu caixão e um helicóptero que jogou pétalas de rosas sobre o bairro de Tor Bella Monaca.

Mesmo identificado pelas autoridades italianas como uma organização criminosa, o evento recebeu proteção policial e uma banda, do lado de fora da igreja, tocando a trilha sonora da trilogia O Poderoso Chefão.

Durante um julgamento em 2019, um informante testemunhou contra a matriarca da família e afirmou que foi ameaçado. “Eles ameaçaram me dissolver em ácido”, denunciou o homem. Em 2021, a Justiça da Itália definiu o clã Casamonica como uma associação mafiosa.

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