Maduro volta atrás em ordem para expulsar embaixador dos EUA
Ministério das Relações Exteriores disse que negocia a criação de um Escritório de Interesses norte-americano na Venezuela
atualizado
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O governo da Venezuela, do presidente Nicolás Maduro, recuou, neste sábado (26/1), de uma ordem dada ao pessoal da embaixada dos Estados Unidos para deixar o país em 72 horas.
O Ministério das Relações Exteriores disse que agora está negociando a criação de um Escritório de Interesses dos EUA na Venezuela, e permitirá que funcionários da Embaixada permaneçam no país durante as negociações.
O comunicado disse que as conversas ocorrerão por até 30 dias e, se nenhum acordo for alcançado, o pessoal da embaixada terá que deixar o país.
O presidente Nicolas Maduro rompeu relações diplomáticas com os Estados Unidos na quarta-feira (23) e deu ao pessoal da embaixada três dias para deixar o país. Mas o governo Trump se recusou a obedecer a sua diretiva, argumentando que Maduro não é mais o presidente legítimo da Venezuela.
Presidente Interino
Durante as manifestações pela renúncia de Nicolás Maduro em Caracas, na quarta, o líder opositor Juan Guaidó se declarou presidente interino da Venezuela. O ato recebu o aval dos Estados Unidos. O presidente norte-americano, Donald Trump, reconheceu Guaidó como presidente de fato do país latino-americano.
Em comunicado, Trump afirmou que, fazendo uso de seu posto “legítimo” eleito pelo povo venezuelano, a Assembleia Nacional invocou a Constituição local para declarar o presidente Nicolás Maduro como “ilegítimo”, o que deixaria a presidência vaga. “O povo da Venezuela tem se pronunciado de modo corajoso contra Maduro e seu regime e exigido liberdade e o Estado de Direito”, afirmou a nota da Casa Branca.