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Maduro repete roteiro adotado em crises anteriores na Venezuela

Nicolás Maduro tem repetido ações adotadas em outros momentos de crise vividos pela Venezuela sob seu comando, como antecipar o Natal

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Nicolás Maduro, ditador venezuelano -- Metrópoles
1 de 1 Nicolás Maduro, ditador venezuelano -- Metrópoles - Foto: Jesus Vargas/Getty Images

Em meio à nova crise na Venezuela, mergulhada em um caos social e político desde a morte de Hugo Chávez, Nicolás Maduro repete o roteiro e ações de outros momentos em que a instabilidade tomou conta do país. A última foi a antecipação do Natal venezuelano.

Segundo o líder chavista, a decisão de antecipar a comemoração deste ano para 1º de outubro é uma forma de homenagear e agradecer o povo venezuelano pelo boa perspectiva econômica do país, mesmo em meio à crise.

“É setembro e já cheira a Natal, e, por isso, neste ano, em homenagem ao povo combativo, em agradecimento a vocês, vou decretar o Natal para o dia 1º de outubro. Chegou o Natal com paz, felicidade e segurança”, disse Maduro durante o programa televisivo Con Maduro.

A antecipação do Natal, tradicionalmente comemorado em dezembro, têm sido uma tática emocional usada por Maduro desde que ascendeu ao poder em 2013.

Em meio a uma inflação assustadora e à instabilidade política provocada pela morte de Hugo Chávez, Maduro adiantou a data festiva sob a justificativa de “derrota à amargura” e trazer “felicidade para todo o mundo”.

A medida também foi adotada em 2019 e 2020. Nos dois anos, o líder chavista também antecipou a comemoração, desviando o foco dos problemas enfrentados pela Venezuela durante a pandemia de Covid-19.

Roteiro se repete

Assim como o adiantamento do Natal, Maduro tem repetido nos últimos dias ações semelhantes a de outros momentos de crise enfrentados pela Venezuela nos últimos anos.

Logo após a divulgação dos resultados da votação de 28 de julho, diversas cidades da Venezuela foram tomadas por protestos contra a polêmica reeleição de Maduro. Como consequência, mais de 2,4 mil pessoas foram detidas durante as manifestações, e outras 27 acabaram mortas.

A onda de repressão contra a oposição se assemelha a episódios vistos no país desde 2017, quando manifestações pedindo o fim do governo chavista ganharam força na Venezuela.

Até mesmo o pedido de prisão de Edmundo González, que disputou o pleito presidencial desde ano, possuí argumentos semelhantes ao de mandados de prisão contra opositores antigos. Assim como Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente da Venezuela em 2019, González é acusado, entre outras coisas, de usurpação de funções e incitação a atividades ilegais.

Neste ano, Maduro também apontou os Estados Unidos como o maior inimigo da estabilidade política venezuelana, e declarou sem provas que o país liderado por Joe Biden esteve por trás de uma tentativa de golpe contra seu governo. 

O bilionário Elon Musk foi outro a entrar na mira do líder chavista como mentor de plano contra sua reeleição. Dias após a votação, Madurou afirmou – também sem provas – de que o dono do X esteve por trás de um ataque hacker contra o sistema eleitoral da Venezuela antes e durante o pleito. 

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