Maduro rejeita ideia de Lula sobre novas eleições na Venezuela
Nicolás Maduro criticou a sugestão de Lula sobre a realização de uma nova eleição na Venezuela, e pediu respeito a soberania do país
atualizado
Compartilhar notícia
Nicolás Maduro criticou a ideia de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a realização de nova eleição na Venezuela, e voltou que a comunidade internacional respeite a soberania do país. A declaração aconteceu nesta quinta-feira (15/8), durante conversa com jornalistas.
O líder chavista foi questionado sobre as últimas declaração do presidente brasileiro, e respondeu que os problemas da Venezuela, “de qualquer tipo, são resolvidos entre os venezuelanos, com suas instituições, leis e com sua Constituição”.
“Bolsonaro alegou fraude e foi o tribunal brasileiro que decidiu”, diz Maduro em resposta a Lula sobre novas eleições na Venezuela.
“Não praticamos a diplomacia de microfone”, prosseguiu Maduro em entrevista nesta quinta-feira (15).
(Via: @SamPancher) pic.twitter.com/9u13FZkemf
— Metrópoles (@Metropoles) August 15, 2024
Maduro foi adiante, e relembrou as alegações de fraude por parte de Jair Bolsonaro (PL) depois de perder as últimas eleições presidenciais do Brasil. De acordo com o líder chavista, a atitude da oposição liderada por María Corina Machado é semelhante a do ex-presidente brasileiro.
“No Brasil o presidente Bolsonaro, de extrema-direita, aliado da extrema-direita fascista da Venezuela, também alegou fraude e não aceitou a derrota”, disse Maduro.
Ao relembrar o episódio, o presidente venezuelano pediu que a comunidade internacional deixe as instituições da Venezuela decidirem sobre a eleição do último dia 28 de julho, assim como aconteceu no Brasil na época.
“E foi o tribunal brasileiro que decidiu. E Ninguém na Venezuela falou, do nosso governo, e acho que no mundo, pediu qualquer coisa. Mas o tribunal decidiu. Palavra sagrada do tribunal do Brasil. É um assunto brasileiro”, disse.
A sugestão de Lula, que ventilou a possibilidade da realização de uma nova eleição na Venezuela pela primeira vez na última quinta-feira (8/8), foi apoiada pelo presidente da Colômbia, Gustavo Petro.
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, rejeitou a ideia e decidiu abandonar as negociações com Petro e Lula.