Maduro diz que pedirá US$ 500 milhões à ONU para repatriar imigrantes
Presidente venezuelano afirma que usará dinheiro para custear voos de retorno para quem aderir a plano proposto pelo governo
atualizado
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse na noite de quinta-feira (20/9) que pedirá US$ 500 milhões à ONU para repatriar os imigrantes venezuelanos que têm interesse de voltar ao país.
“Os convido, venham à Venezuela. Vou solicitar que (a ONU) consiga US$ 500 milhões para trazer todos os migrantes que saíram do país e querem retornar. Todos querem regressar”, disse Maduro, dirigindo-se ao ex-vice-presidente da Guatemala Eduardo Stein, nomeado representante especial das Nações Unidas para os refugiados e imigrantes da Venezuela.
O líder bolivariano disse que com esse dinheiro pagará os voos de retorno dos imigrantes. “Precisamos de uma frota de aviões para trazê-los. Não vou buscá-los a pé”, disse o presidente que, na terça-feira, sugeriu que avalia se há condições de segurança para participar da Assembleia-Geral da ONU no final de setembro, insistindo em sua denúncia de que existem planos para assassiná-lo.
Em reunião com seu gabinete econômico, Maduro garantiu na quinta-feira não se lembrar do nome de Stein, a quem ele definiu como “uma espécie de inspetor, procurador e policial da imigração venezuelana”.
O presidente Venezuelano ativou o plano “Volta à pátria” para facilitar o regresso em aviões ou ônibus de venezuelanos que emigraram para outros países da região. Segundo autoridades locais, cerca de 3 mil pessoas já foram beneficiadas pela iniciativa.
Segundo dados da ONU, no entanto, cerca de 2,3 milhões de venezuelanos (7,5% da população de 30,6 milhões de pessoas) vivem no exterior, do quais 1,6 milhão emigrou desde 2015, quando a crise econômica se agravou.