Maduro critica Brasil e cobra “comunicado” das eleições de 2022
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro comparou os resultados eleitorais divulgados pelo TSJ com as eleições brasileiras de 2022
atualizado
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, lançou uma indireta ao presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e a outros países que contestaram a recente decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, que confirmou sua reeleição para um novo mandato.
Maduro mencionou os nomes de Lula e Gustavo Petro, presidente da Colômbia, criticando-os por se envolverem em assuntos relacionados às eleições na Venezuela.
Segundo o presidente da Venezuela, a eleição no país foi confirmada por uma Corte Superior, assim como aconteceu com a eleição de Lula em 2022. As informações são do G1.
O Brasil ainda não reconheceu o resultado da eleição da Venezuela, onde elegeram o Nicolás Maduro para presidente, porque as atas eleitorais não foram publicadas.
“No Brasil, teve eleições e o presidente Bolsonaro não reconheceu os resultados, houve recurso ao ‘Tribunal Supremo’ do Brasil (TSE), que decidiu que os resultados eleitorais deram a vitória a Lula”, contou Maduro.
Maduro ainda ironizou a situação, “Santa palavra no Brasil. E quem se meteu com o Brasil? Você fez um comunicado? (apontou um dedo para a plateia) Você? Você? Venezuela disse algo? Dissemos apenas que respeitamos as instituições brasileiras e eles resolveram seus problemas internamente, como deve ser”, declarou.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou, entre a última sexta-feira (23/8) e sábado (24/8), com o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, sobre a questão das eleições presidenciais na Venezuela. Há um impasse do presidente Nicolás Maduro com a oposição após o pleito realizado no fim de julho.
TSJ não vai publicar as atas eleitorais
Após confirmar a reeleição de Nicolás Maduro nesta quinta-feira (22/8), o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela (TSJ) decidiu que as atas eleitorais, que podem atestar ou não a vitória do líder chavista, não serão divulgadas. A decisão foi anunciada pela presidente da Corte, Caryslia Rodriguez
A oposição, representada por Edmundo González, , chegou a publicar que “o país e o mundo conhecem sua parcialidade [do TSJ] e, por extensão, sua incapacidade de resolver o conflito; sua decisão só agravará a crise”, antes da divulgação do tribunal.
O TSJ também determinou que González será punido por desacato à Justiça, por não ter comparecido às audiências agendadas. A presidente do tribunal declarou que a decisão é irreversível e “inquestionável”.
A oposição afirma que Edmundo González ganhou a eleição.