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Maduro acusa WhatsApp de fornecer dados da população a opositores

O presidente venezuelano havia pedido que a população desinstalasse o aplicativo e mencionou a necessidade de “novas redes sociais”

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Homem segurando pasta azul com diversos microfones
1 de 1 Homem segurando pasta azul com diversos microfones - Foto: Getty Image

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, acusou o WhatsApp, nessa quarta-feira (14/8), de entregar “todo o banco de dados” dos usuários do país aos líderes da oposição Edmundo González Urrutia e María Corina Machado.

A acusação feita sem provas é mais um dos ataques que Maduro tem feito contra as redes sociais. Inclusive, a rede X, antigo Twitter, está suspensa temporariamente no país, após discussões entre o presidente venezuelano e o dono da rede social, Elon Musk. Maduro ainda abriu uma consulta pública na Assembleia Nacional para discutir punição a discursos considerados fascistas nas plataformas digitais.

“O WhatsApp entregou aos terroristas venezuelanos, ao diabo, a essa demoníaca [María Corina] Machado, terrorista e assassina, fugitiva da Justiça, e ao criminoso de guerra Edmundo González Urrutia e seus pequenos comanditos (…) toda a base de dados da Venezuela, quem você é, sua família, seus amigos, o que você fala, o que não fala, que vídeos compartilha, quais são seus gostos”, afirmou Maduro.

Desde que os resultados das eleições presidenciais foram apresentados, reelegendo Maduro, as ruas do país acabaram tomadas por uma onda de protestos duramente reprimida pelo governo.

Maduro protagoniza forte campanha contra as redes sociais, principal meio usado pela oposição para organizar a base, já que a imprensa local é censurada. No país, é comum que hashtags que denunciam fraude nas eleições, como “VenezuelaLivre”e “AtéOFim”, sejam fortemente reproduzidas.

Maduro alega que as plataformas estão sendo usadas como meio de ameaça a militares, policiais e líderes comunitários e pede à população que desinstale o WhatsApp.

“Temos de chegar ao ponto de liberar o WhatsApp de nossas vidas, pois ele está nas mãos do imperialismo tecnológico, inimigo da Venezuela e da humanidade”, ressaltou Maduro na terça-feira à estatal VTV.

Na semana passada, o presidente chegou a defender a necessidade de novas redes sociais operando na Venezuela.

“Agora, nós os bloqueamos… Algum dia, mais cedo ou mais tarde, nascerão as novas redes sociais venezuelanas, e nos libertaremos dessa gente”, disse o líder venezuelano.

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