Maduro: 1,6 milhão de milicianos reagirão a EUA, Colômbia ou Brasil
Venezuelano diz que seus oponentes liderados por Washington querem assassiná-lo e impor uma ditadura no país produtor de petróleo
atualizado
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta segunda-feira (18/12) que a milícia bolivariana já tem 1,6 milhão de membros, quase três vezes o total do início deste ano, e que sua principal missão é “defender” o território nacional do que seu governo tem descrito como possíveis agressões externas de Estados Unidos, Colômbia e Brasil. São informações de O Globo.
Maduro disse na semana passada, sem fornecer provas, que seus oponentes liderados por Washington querem assassiná-lo e impor uma ditadura no país produtor de petróleo. Ele afirma ainda que a crise econômica, caracterizada por cinco anos de recessão e uma inflação que chegará neste ano a 1.000.000%, é consequência das sanções dos EUA.
“Dei uma ordem, um ano para chegar a 1 milhão de integrantes. Conseguiram em tempo recorde de oito meses”, disse Maduro, em uma cerimônia no pátio da Academia Militar, diante de centenas de milicianos com fuzis nos ombros.
O presidente disse que a milícia tinha “quase 400 mil” integrantes em abril. Criada pelo falecido presidente Hugo Chávez em 2008, ela é composta de civis voluntários e complementa as Forças Armadas.
O presidente disse que o grupo agora é integrado por um total de 1,66 milhão de homens e mulheres em todo o país e deve cumprir três missões: se encarregar da inteligência e contrainteligência popular, proteger o território e ser defensiva.
“Armamos a milícia bolivariana até os dentes”, disse ele, sem dar detalhes de quantos milicianos atualmente têm armas. “Pode ser que uma força imperialista invasora entre em algum lugar da pátria, mas o que os imperialistas podem saber é que eles não sairão daqui vivos. (Os milicianos) vão arrancar o coração do inimigo. A Venezuela se defenderá dos oligarcas, venham de Bogotá ou de Brasília”, ressaltou.