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Macron sai em defesa do ator Gérard Depardieu, acusado de estupro

Emmanuel Macron defende Gérard Depardieu, chamando as acusações de ‘caça humana’, enquanto o ator enfrenta denúncias de estupro e agressão

atualizado

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AFP
Gérard Depardieu, Macron
1 de 1 Gérard Depardieu, Macron - Foto: AFP

O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou, nesta quarta-feira (20/12), que o ator e cineasta francês Gérard Depardieu, alvo de duas denúncias por estupro e agressão sexual, está sofrendo “uma caçada humana”. Macron ainda disse que a Legião de Honra não deve ser usada para repreender ninguém, em referência à possibilidade de retirarem esta distinção de prestígio ao ator.

“Há uma coisa em que nunca me verão e é a caça humana, odeio”, disse o chefe de Estado francês, em entrevista televisiva para o canal France 5, após o anúncio da abertura de um “procedimento disciplinar” contra o ator, pelo ministro da Cultura, Rima Abdul Malak.

A jornalista e escritora espanhola Ruth Baza anunciou, nessa terça-feira (19/12), uma denúncia contra o ator por estupro. A autora, hoje com 51 anos, revelou para a agência de notícias francesa AFP que apresentou uma denúncia, na última quinta-feira (14/12), à polícia espanhola por violação sexual, que teria ocorrido durante uma entrevista que ela fez ao ator à revista Cinemanía, em 12 de outubro de 1995, em Paris.

“Foi uma invasão sem o meu absluto consentimento, em momento algum. Fiquei absolutamente paralisada”, disse Baza, que, na época, tinha 23 anos, enquanto Gérard Depardieu tinha 46.

Repercussão

O museu de cera de Paris, local onde Depardieu inaugurou a sua dupla de cera em 1981, retirou, na segunda-feira (18/12), a escultura do cineasta francês devido às “reações negativas dos visitantes [quando passavam em frente da figura] e nas nossas redes sociais”.

A decisão foi tomada após a recente transmissão de um vídeo com comentários sexistas do intérprete do ator, também acusado de estupro.

Em 2018, Depardieu fez uma viagem à Coreia do Norte, onde fez comentários sexistas, além de gestos e ruídos de garganta, imitando atos sexuais, enquanto conversava com mulheres, de acordo com imagens transmitidas em 7 de dezembro, pela rede televisiva France 2.

A filha do ator, Julie Depardieu, saiu em defesa do pai, após o anúncio do museu. “Estou surpresa com a violência da rejeição deste homem que idolatramos durante toda a sua vida”, disse ela à rede CNews.

Depois da divulgação do vídeo do ator, a ministra da Cultura francesa, Rima Abdul-Malak, criticou os “comentários absolutamente escandalosos” e anunciou um processo disciplinar que pode acarretar a expulsão de Gérard da Legião de Honra, honraria que premia civis e militar por atos e serviços prestados à França.

Em dezembro de 2020, a triz Charlotte Arnould acusou Depardieu de estupro e agressão sexual. Desde então, dezenas de mulheres o acusaram de violência sexual na imprensa, incluindo a atriz Hélène Darras. O ator nega todas as acusações.

Gérard Depardieu era uma figura respeitada e importante do cinema francês, com mais de 200 filmes na carreira.

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