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O presidente da França, Emmanuel Macron, defendeu a suspensão do envio de armas para Israel, usadas na guerra da Faixa de Gaza. A declaração do líder francês aconteceu neste sábado (5/10), durante entrevista à rádio France Inter.
“A prioridade hoje é buscar uma solução política, e interromper as entregas de armas para combates em Gaza”, disse.
Outros países já tomaram iniciativas neste sentido. O Reino Unido anunciou em setembro a suspensão de cerca de 30 licenças de exportação de armas para Israel, de um total de 350.
A decisão foi tomada após o governo britânico concluir que havia “um risco” de que as armas fossem usadas “para violar o direito internacional humanitário no conflito entre Israel e o Hamas em Gaza”, que teve início em 7 de outubro de 2023.
Já o presidente dos EUA, Joe Biden, tomou uma medida pontual e apenas suspendeu a entrega de uma bomba para Israel em maio.
Cessar-fogo
O presidente francês também lamentou o bloqueio das negociações para obter um cessar-fogo, apesar de todos os esforços diplomáticos, principalmente em relação a Israel.
“Acho que não estamos sendo ouvidos. Eu disse ao primeiro-ministro (Benjamin) Netanyahu e acho que é um erro, inclusive para a segurança de Israel no futuro”, disse Macron.
“Isso está claro para opinião pública, e ainda mais claro para a opinião pública da região. É basicamente um ressentimento que está nascendo e um sentimento de ódio que está sendo alimentado por essa situação”, acrescentou.
Após o início da operação israelense contra o movimento islâmico pró-iraniano Hezbollah no Líbano, Emmanuel Macron também lembrou que a “prioridade é evitar a escalada” da violência.
“O povo libanês não pode, por sua vez, ser sacrificado e o Líbano não pode se tornar uma nova Gaza”, disse o chefe de Estado francês.
Israel prepara resposta a ataque do Irã
Israel “está preparando uma resposta” ao ataque com mísseis lançado pelo Irã contra seu território na terça-feira, anunciou um oficial militar neste sábado (5).
O Exército realizou hoje novos bombardeios no Líbano, principalmente na periferia sul de Beirute, reduto do Hezbollah.
Às vésperas do aniversário do ataque do Hamas em Israel, em 7 de outubro – que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza – o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, alertou na sexta-feira (4) que seus aliados continuariam a lutar contra Israel.
Após desmantelar uma grande parte do Hamas, Israel anunciou em meados de setembro que estava deslocando o conflito para o norte, na fronteira com o Líbano, onde suas tropas iniciaram uma operação terrestre contra o Hezbollah na segunda-feira.
No sul do Líbano, “os soldados do inimigo israelense tentaram avançar novamente” e “os confrontos continuam”, declarou o grupo libanês neste sábado.
O Hezbollah também indicou que havia lançado foguetes contra a base aérea israelense de Ramat David, perto de Haifa, a cerca de 45 quilômetros da fronteira.
Leia a reportagem completa em RFI, parceiro do Metrópoles.