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O presidente francês, Emmanuel Macron, se reuniu nessa terça-feira (10/12) com lideranças partidárias antes da nomeação de um novo primeiro-ministro. O futuro chefe de governo, que será anunciado até quinta-feira, 12 de dezembro e terá a missão de negociar um acordo para evitar um novo voto de censura na Assembleia de Deputados.
“Macron promete ir rápido” é a chamada de capa do jornal Le Figaro que publica uma matéria sobre o resultado das consultas do presidente com os partidos nessa terça-feira (10/12). As conversas, das quais foram excluídas as legendas Reunião Nacional, partido da extrema direita, e França Insubmissa, da esquerda radical, terminaram com apenas um anúncio: que a França conhecerá o nome do próximo premiê em 48 horas, afirma o diário.
O jornalLe Monde descreve um encontro “comportado” entre as diferentes lideranças partidárias, na sede da presidência francesa, longe das câmeras e microfones das mídias, durante cerca de três horas. O objetivo é encontrar uma solução ao impasse após a crise política que se instalou no país devido à convocação de eleições legislativas antecipadas por Macron, em junho.
O pleito teve vitória da aliança da esquerda, Nova Frente Popular, mas o presidente rompeu com o protocolo e nomeou um primeiro-ministro de direita, Michel Barnier, que caiu após ser alvo de uma moção de censura na semana passada.
Três propostas
Segundo Le Monde, Macron teria proposto três opções de pacto aos chefes dos diferentes partidos do centro, esquerda e direita, mirando na “estabilidade institucional”. A primeira delas seria o engajamento em um acordo governamental, a segunda um compromisso legislativo em prol de um orçamento para 2025, e a última seria uma promessa de não-censura da parte das lideranças políticas, para evitar a queda do próximo premiê.
O jornal Libération expõe as dificuldades entre as diferentes legendas de entrar em um acordo. Embora, segundo o diário, haja um consenso entre as lideranças partidárias: a exclusão da extrema direita. Para o jornal, a líder do Reunião Nacional, Marine Le Pen, está furiosa e denuncia “o desdém” de Macron.
Quem também não esconde sua insatisfação é Jean-Luc Mélenchon, chefe do partido da esquerda radical França Insubmissa, que é contra um acordo de coalizão e, de acordo com o Libération, desejava que os líderes das legendas socialista, ecologista e comunista insistissem na nomeação de um premiê progressista “fechassem a porta” às propostas de Macron.
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