Macron nomeia Michel Barnier como primeiro-ministro da França
Após semanas de longas negociações, o presidente francês Emmanuel Macron nomeou o ex-negociador da União Europeia no Brexit para o cargo
atualizado
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O presidente da França, Emmmanuel Macron, nomeou o ex-negociador da União Europeia (UE) no Brexit, Michel Barnier, como primeiro-minsitro do país nesta quinta-feira (5/9).
A nomeação ocorre após semanas de negociações e uma eleição parlamentar antecipada não favorável ao presidente.
O primeiro-ministro tem 73 anos e liderou as mediações da UE com o Reino Unido, Brexit, sobre a saída do bloco entre os anos de 2016 e 2021. Barnier é considerado um político conservador e já ocupou diversos cargos no governo francês. Ele também foi Comissário da União Europeia.
O drama da nomeação se perdurou ao longo de semanas, os demais possíveis primeiros-ministros ventilados pelo presidente não obtiveram apoio suficiente para garantir estabilidade ao governo, pois com a reformulação do Congresso, o presidente francês lida com um parlamento não aliado.
A escolha do premier está sendo considerada um aceno ao parlamento.
Sem rejeição da ultradireita à escolha de Macron
O movimento parece estar surtindo efeito, pois a Reunião Nacional (RN), partido de ultradireita, atualmente um dos maiores do parlamento, sinalizou que não rejeitaria propostas de Barnier se ele se adequasse a certas condições.
Barnier se identifica como pró-europeu e é considerado um político moderado, porém pendeu para o conservadorismo ao tentar ser o candidato do partido conservador nas eleições presidenciais de 2021.
Ele chegou a afirmar que a imigração no país está fora de controle, mesma opinião da RN.
O parlamentar Laurent Jacobellim da Reunião Nacional, disse à BFM TV, que o partido quer ver o que Barnier tem a falar sobre imigração.
“O RN quer um primeiro-ministro comprometido com a dissolução o mais rápido possível e o estabelecimento de representação proporcional (para as eleições parlamentares). Eles estão tirando da naftalina aqueles que governaram a França durante 40 anos”, disse Jacobelli.