Macron diz que Israel não pode semear a “barbárie” no Líbano
Além de alfinetar Netanyahu, Macron anunciou o envio de US$ 1 bilhão em ajuda para o Líbano, palco do conflito entre Israel e Hezbollah
atualizado
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Em mais um gesto contra as ações do governo de Benjamin Netanyahu, o presidente da França, Emmanuel Macron, disse que Israel não pode levar a “barbárie” ao Líbano com a justificativa de “defender uma civilização”. A declaração aconteceu nesta quinta-feira (24/10), durante coletiva de imprensa.
“Nos últimos dias tem se falado muito em ‘guerra de civilizações’ ou que ‘é preciso defender a civilização'”, disse Macron. “Não tenho certeza de que se defende uma civilização quando você próprio semeia a barbárie”.
Apesar de não citar diretamente, a fala de Macron é uma referência a declarações de Benjamin Netanyahu após o presidente francês defender um embargo de armas contra Israel que seriam usadas na Faixa de Gaza.
Na época, o premiê israelense disse que seu país trava uma batalha contra “inimigos da civilização” e que todos os países civilizados deveriam estar ao lado de Israel.
A nova alfinetada de Macron contra Netanyahu aconteceu durante uma conferência internacional, convocada pelo presidente francês, em apoio à população do Líbano, que enfrenta os rastros de destruição provocados pelo conflito entre Israel e Hebollah no país.
No evento, Macron anunciou cerca de US$ 1 bilhão em apoio financeiro ao Líbano, sendo US$ 800 milhões para ajuda humanitária e US$ 200 milhões destinados para o exército do país. O fundo foi levantado entre os 54 países e 20 organizações internacionais que participaram da conferência.