Machismo marca comportamento de torcedores na Copa
A preocupação antes dos jogos começarem, era com o racismo e com a homofobia russa, mas são estrangeiros que causam vergonha por atitudes
atualizado
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Antes de a Copa do Mundo começar, havia muita preocupação quanto a possíveis comportamentos racistas e homofóbicos da torcida russa, mas, até aqui, as ocorrências são relacionadas ao machismo e ao assédio sexual, principalmente por parte de estrangeiros.
O caso mais notório é o do grupo de brasileiros cercando uma jovem, em vídeo nas redes sociais, fazendo-a repetir frases relacionadas ao seu órgão sexual, sem que ela soubesse seu real significado. Três torcedores – Luciano Gil Mendes Coelho, Diego Jatobá e Eduardo Nunes – já foram denunciados e podem responder criminalmente na Rússia.
Em outro episódio, uma jornalista da agência alemã “Deutsche Welle”, Julieth González Therán, foi beijada à força e apalpada no seio enquanto fazia uma transmissão sobre a abertura da Copa do Mundo. O agressor não foi identificado.Além disso, nesta quarta-feira (20/6), um funcionário brasileiro da companhia aérea Latam, Felipe Wilson, foi demitido após ter feito um vídeo pedindo para mulheres repetirem a frase “eu quero dar a boceta para vocês”.
Práticas semelhantes foram adotadas por torcedores colombianos e argentinos, provocando até uma manifestação de repúdio do Ministério de Relações Exteriores de Bogotá. “Convidamos os compatriotas que levam a camisa tricolor e representam milhares de colombianos no Mundial da Rússia a fomentar o respeito e rechaçamos os maus comportamentos”, disse a pasta.
Mas os problemas não ficam circunscritos ao machismo. Outro brasileiro, Lucas Marcelo Andrade, gravou um vídeo no qual mostra um menino dizendo frases como “Eu dou para o Neymar” e “Eu sou um filho da p…”.