Lula conversa com premiê do Reino Unido sobre G20 e crise climática
Por telefone, Lula falou com Keir Starmer sobre a relação bilateral dos países e convidou o premiê para a cúpula do G20, no Rio de Janeiro
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por telefone com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, nesta quarta-feira (31/7). Na ligação, o chefe do Executivo convidou Starmer a participar da cúpula do G20, o Grupo dos Vinte, em novembro, no Rio de Janeiro.
Lula reforçou que, há 15 anos, um premiê do Reino Unido não visita o Brasil, e comentou sobre o desejo da parceria entre os países para a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, com lançamento na cúpula do Rio no fim do ano.
Starmer confirmou o interesse do país em se unir ao Brasil no combate às crises climáticas e falou sobre a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP), que será sediada em Belém (PA).
O presidente brasileiro ainda convidou o colega para participar de uma reunião em Nova York, nos Estados Unidos, sobre extremismo no mundo. O evento será em setembro, às vésperas da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
A ligação, como de costume, foi acompanhada pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Na terça-feira (30/7), o petista conversou com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Lula havia falado sobre a importância da divulgação das atas eleitorais na Venezuela para verificar a lisura do processo no país vizinho. Para Biden, o presidente brasileiro reforçou a posição de trabalhar pela “normalização do processo político no país vizinho”.
Em entrevista à TV Centro América, divulgada na terça, criticou a imprensa por tratar a eleição na Venezuela como “a Terceira Guerra Mundial, mas não tem nada de anormal”.
“A nota do Partido dos Trabalhadores elogia o povo venezuelano pelas eleições pacíficas que houveram. Ao mesmo tempo, reconhece que o tribunal eleitoral já reconheceu [Nicolás] Maduro como vitorioso. Mas a oposição ainda não. Então, tem um processo. Não tem nada de grave, não tem nada assustador. Eu vejo a imprensa brasileira tratando como se fosse a Terceira Guerra Mundial, mas não tem nada de anormal”, avaliou Lula.
“Na hora que tiver apresentadas as atas e for consagrada que a ata é verdadeira, todos nós temos a obrigação de reconhecer o resultado eleitoral na Venezuela”, completou.
O texto publicado pelo PT parabeniza Nicolás Maduro pela reeleição no país, e ressalta ser relevante que Maduro “continue o diálogo com a oposição, no sentido de superar os graves problemas da Venezuela, em grande medida causados por sanções ilegais”.