Liz Truss admite erros na economia, mas promete permanecer no cargo
Novo ministro das Finanças do país, Jeremy Hunt reverteu a maior parte do plano econômico anunciado anteriormente
atualizado
Compartilhar notícia
A primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, admitiu em entrevista à BBC ter cometido erros com as políticas econômicas anunciadas pouco após ter assumido o cargo. “Peço desculpas por esses erros, mas eu os corrigi”, assegurou.
Jeremy Hunt, novo ministro das Finanças do Reino Unido, descartou o plano econômico apresentado pelo seu antecessor, Kwasi Kwarteng, que incluía cortes de impostos e teto para a energia elétrica. “Foi errado voar às cegas e anunciar esses planos sem garantir às pessoas com a anuência do Escritório de Responsabilidade Orçamentária que realmente podemos pagar por eles”, apontou.
Hunt reverteu os cortes e disse que a manutenção das taxas pode provocar uma arrecadação de cerca de 32 bilhões de libras por ano. Diante da crise dos preços da energia no país devido à guerra, o rescaldo da pandemia de Covid-19 e o Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia), ele afirmou que o período para subsidiar as contas de energia no inverno deveria durar dois anos e então, gradativamente, ir reduzindo. “O objetivo mais importante para o nosso país agora é a estabilidade”, disse ele.
“Queria agir para ajudar as pessoas a pagar suas contas de energia e enfrentar a questão dos altos impostos, mas fomos longe demais”, admitiu Liz Truss. A primeira-ministra também se comprometeu a permanecer no cargo até a próxima eleição, em 2025, uma vez que “foi eleita para entregar resultados para o país”.
Alguns nomes do Partido Conservador, porém, já defendem que a primeira-ministra seja substituída. Membro do parlamento, Charles Walker disse que os dias de Truss “estão contados” e que a líder teria uma ou duas semanas para mostrar resultados.